O dito e o feito: heróis exemplares nos relatos de guerra na Restauração pernambucana (1630-1654)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Leite, Jorge Luiz de Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26820
Resumo: Nos relatos de batalhas presentes nos folhetos, produzidos no período da ocupação neerlandesa no nordeste da América lusitana (1630-1654), era recorrente o destaque de algumas virtudes basilares daquele tempo. Neles abstrai-se um estigma de divulgação, propaganda pessoal e/ou institucional, além de modelos exemplares de conduta que, muitas vezes, pareciam propor um ideal de comportamento resolutamente heróico. Por outro lado, o protagonismo em uma dessas publicações sobre feitos militares, ou mesmo a descrição de grandes realizações como coadjuvante, podiam elevar indivíduos a um patamar especial. O heroísmo e as virtudes destacadas em situações limites, divulgadas com alguma abrangência, poderiam produzir um reconhecimento de relevante significado naquela sociedade da Época Moderna. Os efeitos produzidos por esta “fama” produziam uma “imagem pública” de guerreiros, relacionados a momentos históricos específicos protagonizados por estes. Naquela sociedade pautada pelo signo da honra, particularmente pelo ethos da guerra, alcançar o reconhecimento da sua reputação era significativamente importante. Assim, indivíduos que divulgavam seus feitos e serviços militares por meio de folhetos procuravam fazê-lo de forma especial. A retórica utilizada nos opúsculos enaltecia os protagonistas dos feitos bélicos com toda a sorte de virtudes próprias daqueles que detinham honra. O foco deste trabalho é perceber como tal imagem veiculada seria importante para assessorar o alcance de uma distinção social naquele tempo por meio das mercês régias