Microplásticos na Baía de Guanabara, RJ: acumulação nos sedimentos e ingestão pela corvina, Micropogonias Furnieri (Desmarest,1823)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Alves, Vivianne Evelyn do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30450
Resumo: Este estudo investigou a abundância de microplásticos na Baía de Guanabara (BG) do ponto de vista abiótico e biológico, através da quantificação dessas partículas nos sedimentos e no trato digestivo de espécies de peixes dominantes na BG, como a corvina Micropogonias furnieri. A proposta do presente trabalho se baseia na premissa de que devido ao rápido desenvolvimento dos centros urbanos em torno da Baía, este importante sistema estuarino encontra-se altamente poluído, inclusive por microplásticos e estudos recentes demonstraram elevadas concentrações dessas partículas em praias e na coluna d’água da BG. No entanto, ainda não existe informação sobre as concentrações do microplástico no sedimento, onde as espécies de peixes demersais abundantes da Baía se alimentam (ie., corvina Micropogonias furnieri). Diante disso, algumas questões são discutidas ao longo do trabalho: Partículas microplásticas são depositadas nas camadas superficiais do sedimento da Baía de Guanabara (BG)? Microplásticos estão sendo consumidos pela corvina, um importante recurso pesqueiro da BG? Existem variações espaço-temporais da densidade de microplástico nos sedimentos, fazendo com que em certos locais haja maior risco de ingestão por peixes? Para responder essas questões, a presente dissertação foi dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo, os microplásticos foram descritos em termos de densidade, tipo, cor e tamanho, nos sedimentos da BG. Os resultados indicaram elevada abundância de microplásticos nos sedimentos e que este contaminante está distribuído de maineira uniforme ao longo da Baía. Fibras transparentes do tipo poliéster < 1 mm foram dominantes na BG. No capítulo II, é apresentado as condições de saúde da corvina e a sua ingestão microplástica. Os resultados desse capítulo indicam que a maioria das corvinas da Baía de Guanabara ingerem microplásticos, especialmente fibras transparentes e que corvinas menores ingerem mais plástico. De modo geral, os resultados indicam que tanto os sedimentos da Baía, quanto os peixes que fazem uso desse ambiente, possuem elevadas concentrações microplásticas e que, possivelmente, as corvinas estão ingerindo esse poluente diretamente do sedimento, representando assim mais uma forma de poluição para este importante sistema estuarino da costa brasileira.