Cine (Mão): espaços e subjetividades darkroom

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Maia, Helder Thiago Cordeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6665
Resumo: Nesta tese, a partir de textos literários latino-americanos que abordam o espaço físico do cinema pornô, procuramos perceber o escuro, o darkroom, como um modo de produção e de ocupação do espaço, através das geografias eróticas dos cinemas pornôs; como um modo dissidente de subjetivação dos corpos, através dos encontros alegres e da desterritorialização do dispositivo do olhar; como um modo de produção literária, através dos terrorismos textuais; como um modo de questionamento da razão e da modernidade, através de uma tentativa de dialogar com os frutos amargos da modernidade e de queerizar a razão; e como um modo de questionamento da cisheteronormatividade, através da discussão entre visibilidade e invisibilidade dos sujeitos dissidentes. Não procuramos levar a luz ou reacender as luzes da modernidade para explorar os rincões escuros dos cinemas pornôs e dos corpos que os ocupam. Ao contrário, procuramos perceber esses escuros a partir do que lhes é próprio, com a finalidade não só de repensar o presente, mas também de estarmos ao lado desses sujeitos. Nosso projeto, portanto, é de se voltar para o escuro tanto para repensarmos as reverberações, as fissuras e as exclusões do projeto político-filosófico da modernidade, quanto para potencializar as insurgências, as divergências e as subversões dos modos dominantes de subjetivação. Além dos textos literários, dialogamos com vinte e nove textos antropológicos e treze relatos pornográficos publicados na internet que também abordam os cinemões; esse material lido conjuntamente nos ajuda a construir uma significativa constelação discursiva sobre o cinema pornô. Assim sendo, estruturamos a tese em quatro capítulos. No primeiro, sob o nome de Notas de Escurecimento, situamos o estudo do espaço a partir da história, da geografia, da arquitetura, do urbanismo e da crítica literária. No capítulo Espaços Darkroom, reconstruímos a história dos cinemas pornôs, discutimos as formas como as ciências humanas costumam abordar esse espaço e propomos os conceitos de espaços e leituras darkroom. Em Subjetividades Darkroom, fizemos uma discussão sobre perversões, processos de subjetivação e propomos o conceito de subjetividades darkroom. Por fim, em Escurecimentos Finais discutimos o processo de pesquisa, de construção da tese e de seleção literária