O papel da bactéria Bacillus amyloliquefaciens VR002 na tolerância do tomateiro cultivar Santa Cruz ao estresse salino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Braga, Paulo Saturno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28788
Resumo: Devido ao crescimento da população humana, a necessidade por terras agricultáveis se torna imprescindível para o abastecimento alimentar e promoção da subsistência. Recentemente, devido a modificações antrópicas, muitos solos têm sido alterados, perdendo a sua fertilidade, biodiversidade e saúde. O uso de técnicas inadequadas para realizar o manejo agronômico faz com que o solo perca os seus nutrientes, se degrade, seja contaminado e salinizado. Perante o problema da salinidade é que surgem tecnologias para tentar remediar esses ambientes ou pelo menos promover resistência às espécies para sobreviverem a essas novas condições de vida. Dentre essas tecnologias, estão as Bactérias Promotoras de Crescimento Vegetal, que interagem com o vegetal de forma simbiótica conferindoo maior resistência às adversidades do solo. Um dos gêneros de bactérias que realizam essa simbiose é o Bacillus. O presente trabalho teve como objetivo investigar a halotolerância da bactéria Bacillus amyloliquefaciens VR002, além de estudar a sua capacidade em promover tolerância à salinidade nas plantas de tomateiro (Solanum lycopersicum L.). Foram feitos testes do crescimento da VR002 em diferentes concentrações salinas e experimentos inoculando a B. amyloliquefaciens VR002 e o sobrenadante da cultura nas sementes e plantas de tomateiro. A partir da curva de crescimento foi possível perceber a halotolerância da VR002 nas doses de 0, 250, 500, 1000 e 1500 mM de cloreto de sódio (NaCl). A partir dos parâmetros de germinação, após 7 dias de semeadura em substratos de 0, 50, 100 e 150 mM NaCl, foi possível perceber que a inoculação com a VR002 contribui com o ganho da massa seca das radículas quando essas cresceram em 50 mM de NaCl. A partir dos parâmetros morfológicos, como o Índice de Qualidade de Dickson foi observado que as mudas que tiveram melhor qualidade após 65 dias de semeadura foram aquelas que não receberam estresse salino. A partir de parâmetros bioquímicos como: o Índice de Clorofila Falker, verificouse que os tomateiros crescidos nas doses de 0 e 150 mM de NaCl tiveram aumento da clorofila a e clorofila total quando receberam a inoculação de sobrenadante, água ou bactéria nas sementes e posteriormente a inoculação da VR002 no colo da planta; Aumento do pigmento carotenóide, quando estressados com 150 mM de NaCl e inoculados a VR002 na semente e no colo da planta. Aumento do teor de prolina e diminuição do extravasamento de eletrólitos quando estressados com 150 mM de NaCl e inoculados com sobrenadante nas sementes e VR002 no colo das plantas. Concluindo, a B. amyloliquefaciens VR002 contribui principalmente para os parâmetros bioquímicos que auxiliam na halotolerância dos tomateiros cv. Santa Cruz.