Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Marino, Leonardo Biancolino [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136404
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Resumo: |
Tuberculose (TB), com principal agente etiológico o bacilo Mycobacterium tuberculosis, é uma doença infecciosa passível de cura. Entretanto, é detentora de uma estatística mundial preocupante, e em 2014 apresentou 9,5 milhões de novos casos e 1,5 milhão de mortes. Além dos altos índices estatísticos, a TB aparece ainda associada a dois fatores agravantes: a co-infecção com HIV (“Human Immunodeficiency Virus”) e a crescente emergência de linhagens resistentes aos quimioterápicos como “multi-drug resistant” (MDR) e “extensively drug resistant” (XDR), que dificultam sobremaneira o tratamento, indicando premência na pesquisa de novos fármacos. A resistência do bacilo manifesta-se a partir de eventos adquiridos (como aquisição de mutações cromossomais em genes específicos relacionados ao metabolismo de fármacos) ou intrínsecos, como uma parede celular altamente hidrofóbica (devido à grande quantidade de ácidos micólicos). Estes mecanismos de resistência são discutidos amplamente na literatura. Por outro lado, pouco se sabe a respeito da resistência devido as alterações na expressão dos genes das bombas de efluxo, responsáveis pela exclusão de fármacos, bem como dos mecanismos de resistência relacionados a halotolerância bacteriana. Neste sentido, três assuntos de relevância no combate à tuberculose foram abordados nesta tese. Como primeira frente, avaliou-se inicialmente a expressão de 5 genes codificadores de bombas de efluxo pela técnica de RT-qPCR em 12 isolados clínicos frente ao tratamento com rifampicina, principal fármaco do regime terapêutico da TB. Resultados indicaram que essas proteínas auxiliam na emergência da resistência, sendo indicados pela superexpressão dos genes frente ao tratamento. Como segunda frente avaliou-se a atividade de 15 compostos inéditos de furoxânicos e benzofuroxânicos quanto à capacidade inibitória frente ao M. tuberculosis, citotoxicidade em células VERO, além de ensaios para avaliar seus mecanismos de ação (acumulação de brometo de etídio / inibição de efluxo, liberação de óxido nítrico e microarray). Resultados indicaram que a classe de compostos é promissora para o tratamento, com boa atividade inibitória contra o bacilo e considerado grau de seletividade. Ensaios de mecanismo de ação, indicaram atividade independente da inibição do efluxo, da subunidade de isoniazida ou da liberação de óxido nítrico. Microarray apontou para alteração em grande quantidade de proteínas ribossomais, semelhante ao que ocorre com aminoglicosídeos. Por fim, na terceira frente do estudo avaliou-se os efeitos da halotolerância na emergência de bacilos resistentes a fármacos, tendo como base as diferentes concentrações de cloreto de sódio a que o bacilo é submetido durante o seu ciclo de vida. Os resultados apontaram para aumento da resistência bacteriana com consequente aumento nas concentrações inibitórias de vários fármacos usados para a terapia da TB, quando o bacilo é submetido à concentração de cloreto de sódio encontrada no interior dos macrófagos, indicando uma necessidade de reflexão sobre as novas diretrizes para testes de novos fármacos contra TB. |