Refúgio em tempos de fronteiras e muros: cartografia de uma migração invisível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Agra, Fábio Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25924
Resumo: Esta tese investiga os deslocamentos forçados contemporâneos e suas fronteiras a partir das narrativas jornalísticas. Problematizamos a visibilidade e invisibilidade dos corpos de refugiados que se deslocam pelo continente europeu e pelo continente e africano, considerando as fronteiras como espaços por onde se dão essas narrativas. Foram realizadas análises dos deslocamentos forçados pelo mundo entre os anos de 2011 e 2020, assim como das narrativas jornalísticas publicadas pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo entre os anos de 2014 e 2016, período em que houve uma maior quantidade de textos sobre o tema desde 2011. Foram coletados 184 textos escritos por jornalistas brasileiros naquele veículo de imprensa. As análises foram feitas a partir dos conceitos de territorialidade e de colonização do futuro, considerando assim a expansão e reiteração de narrativas que resultam em manutenção e atualização de poderes sobre quem se desloca de maneira forçada. Como hipótese, pensamos que o jornalismo continua propenso a pensar a narrativa dentro de um tempo linear em que as experiências e existências dos sujeitos do sul global são arregimentadas pela modernidade colonial, o que resulta em invisibilidade de alguns corpos que não estão nas fronteiras do norte global. Nesta tese sugerimos que o jornalismo busque entender que outras configurações e engendramentos de mundo são possíveis, para assim narrar outros territórios, e que se desconstrua também para narrar outras existências, que carregam experiências que se cruzam com outras temporalidades.