Distribuição espacial da hanseníase no Brasil: revisão sistemática da literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Cláuffer Luiz Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8858
Resumo: hanseníase, ainda hoje, é um sério problema para a saúde pública nos países em desenvolvimento e o Brasil é o segundo país em número de casos no mundo. O objetivo desse trabalho foi analisar a distribuição espacial dos casos de hanseníase no Brasil. Foi realizada uma revisão bibliográfica, seguindo alguns passos preconizados para revisões sistemáticas. As bases eletrônicas utilizadas foram a Lilacs e Medline e, após todo o processo de seleção, obtivemos 33 trabalhos para a revisão: 30 artigos e 3 dissertações. Do total de trabalhos, três abordavam o Brasil, cinco estudaram a região Norte ou estados da região Amazônica, nove focalizaram o Nordeste, quatro o Centro-Oeste e doze a região Sudeste. Como fonte de dados para os casos de hanseníase, o SINAN foi hegemônico e, dentre os indicadores epidemiológicos da doença, o mais utilizado foi o coeficiente de detecção de casos novos (CDH). O ano de publicação variou de 1995 a 2014, e o período de realização dos estudos se concentrou nas décadas de 90 e 2000. Vários artigos exploraram a associação entre a distribuição espacial da hanseníase e condições socioeconômicas, demográficas, e ambientais. Os resultados mostraram que o comportamento da doença é muito heterogêneo entre as localidades. Houve queda da incidência no coeficiente global de detecção e entre os menores de 15 anos, mas algumas regiões permaneceram com alta endemicidade durante todo o período do estudo: Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A distribuição e o risco de adoecimento estão diretamente relacionados às condições de vida da população. A melhoria no acesso aos serviços de saúde se mostrou associada ao aumento do coeficiente de detecção em algumas regiões