Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Bastos, Fabio Mostacato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/22349
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Resumo: |
Estudos recentes demonstram a importância do transporte intra-regional de espécies, principalmente através de cascos de navios domésticos. Navios com água de lastro atuam predominantemente em rotas internacionais, portanto têm recebido grande atenção como vetores de espécies, principalmente, no nível inter-regional. Todavia, navios domésticos representam uma ameaça subestimada no transporte de espécies via casco. Desta forma, as incrustações dos cascos destes navios atuam tanto na homogeneização de espécies nativas e criptogênicas, quanto no aumento do limite de distribuição de espécies exóticas já estabelecidas em determinadas regiões portuárias. O objetivo do presente estudo foi avaliar o papel dos cascos de navios no transporte regional de espécies marinhas. Duas embarcações, o cargueiro Frotargentina e a lancha balizadora Tubarão foram utilizadas em 4 campanhas experimentais. O potencial dos cascos de navios no transporte de espécies marinhas para diferentes regiões portuárias, o efeito das viagens dos navios sobre as densidades populacionais de espécies / grupos sésseis e vágeis, e a distribuição destas populações ao longo dos cascos dos navios foram avaliados com dados de porcentagem de cobertura e densidade relativa. Organismos sésseis tais como as cracas Balanus amphitrite, Balanus spp., o poliqueto Hydroides elegans e, as macroalgas Enteromorpha sp. e Ulva sp. demonstraram um grande potencial de transporte para outras regiões através de casco do navios. Por outro lado, o briozoário Bugula neritina e a ascídia Styela plicata tiveram uma redução significativa de suas densidades após as viagens, principalmente de populações predominantemente adultas. Em relação aos organismos vágeis, o isópode Sphaeroma walkeri apresentou um grande potencial de transporte, provavelmente pelo seu hábito de abrigar-se dentro de carapaças de cracas mortas. Verificou-se que algumas partes do casco de navio são ocupadas preferencialmente por organismos tais como Ulva sp., B. neritina e P. perna, enquanto que todo o casco foi homogeneamente ocupado por outras espécies, por exemplo, B. trigonus, Balanus spp. e o caprelídeo Caprella penantis. Espécies exóticas como Megabalanus coccopoma, Perna perna, Isognomon bicolor e Styela plicata também foram transportadas nos cascos dos navios estudados. |