A criança como influenciadora de compra para a publicidade: apelos, motivações e subjetividade infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Martins, Ingrid Schumann Seabra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3849
Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar de que forma a publicidade pode estimular crianças a se tornarem, não apenas consumidores finais, mas também influenciadores na tomada de decisão por parte de quem possui efetivamente o poder de compra. Buscou-se ainda estudar a influência de consumo que a criança pode vir a realizar no seio familiar, no caso de produtos de uso não exclusivamente infantil. Finalmente, buscou-se compreender em que grau a publicidade estaria envolvida no estímulo desta postura específica de consumo, assim como as possíveis consequências deste comportamento na subjetividade infantil. A posição da criança na sociedade passou por mudanças ao longo dos anos: se antes, muitas vezes, ganhava ínfima atenção da família, hoje tem sua opinião amplamente valorizada dentro de casa, ganhando projeção o comportamento denominado “protagonismo infantil”. Este destaque pode ocorrer até mesmo em questões de consumo e é sobre esta via que esta dissertação se debruçou. Foram feitas leituras sobre psicologia infantil, aspectos históricos-sociais da infância, técnicas de marketing e linguagem publicitária voltados a este público, políticas da comunicação publicitária infantil no Brasil e em outros países, além de terem sido analisadas diversas pesquisas sobre consumo e influência de compra em crianças. A partir deste material, partiu-se para a análise de comerciais televisivos e realização de entrevistas com pais de crianças entre 5 e 10 anos. Como principais resultados, identificou-se setenta e sete (77) anúncios de produtos ou serviços de uso familiar ou adulto, com elementos atraentes às crianças, e confirmou-se, nas entrevistas, a influência da publicidade sob o público infantil. Como alguns impactos possíveis deste “marketing de influência” na subjetividade infantil, percebeu-se a própria postura consumista, bem como o chamado “encurtamento da infância”