Biomarcadores para avaliação de risco ecológico de mercúrio em peixes: sistema costeiro do estado do Rio de Janeiro e bioensaios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Paula de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7350
Resumo: Em ecossistemas aquáticos, o mercúrio participa de múltiplas reações, sendo a metilação responsável pela formação do metilmercúrio, que entra na cadeia alimentar, atingindo peixes e outros organismos do topo cadeia alimentar. O presente trabalho teve como objetivo avaliar potenciais biomarcadores para avaliação de risco ecológico relacionado a exposição de mercúrio em peixes oriundos de dois sistemas aquáticos costeiros do Estado do Rio de Janeiro - Baía de Guanabara (área contaminada) e Baía da Ribeira (área de referência), bem como em bioensaios para verificação da interrelação dose-resposta de efeitos observados nas áreas de estudo. Na Baía da Ribeira foram coletados 211 peixes de 3 espécies: 120 espécimes de Genidens genidens, 38 espécimes de Aspistor luniscutis e 53 espécimes de Haemulon steindachneri. Na Baía de Guanabara foram coletados 132 peixes sendo 65 espécimes de Genidens genidens e 67 espécimes de Haemulon sp.. Os níveis de Hg total em músculo tanto para a Baía da Ribeira quanto para a Baía de Guanabara estão abaixo do valor considerado de limite para consumo humano (500 ng/g), sendo maiores na Baía da Ribeira para ambas as espécies de bagres. Na Baía de Guanabara, as áreas de Gradim e da Praia da Bica apresentaram as maiores concentrações de Hg em peixes. Na baía da Ribeira, a área com maiores níveis foi a Enseada do Bracuí. As concentrações de mercúrio variaram de espécie para espécie, de acordo com o nível trófico, com a estação do ano, com o sexo e com o tamanho. Os percentuais de metilmercúrio em hemácias demonstraram uma igual exposição dos peixes a esta forma do mercúrio, mas os percentuais no músculo demonstraram diferentes comportamentos de sua absorção e provável excreção. A ocorrência de efeitos na hematologia e bioquímica dos espécimes estudados foi similar entre as áreas estudadas. Em bioensaios, foi observado que a exposição ao metilmercúrio causou alterações hematológicas, em especial no volume globular e concentração de hemoglobina, ativação de leucócitos, tendência a inibição enzimática de acetilcolinesterase e glutationa total, bem como aumento em efeitos genotóxicos e em danos aos tecidos hepático e de gônadas, sugerindo potenciais prejuízos a espécie estudada em bioensaio.