Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vieira, André Luiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30351
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Resumo: |
A presente tese analisa a violência na poética do escritor Wajdi Mouawad, em especial, em seu romance Anima (2012), sob três grandes eixos temáticos: exílio, guerra e memória. A Guerra Civil no Líbano (1975-1990) provocou cicatrizes tanto nos exilados, obrigados a abandonar seu país natal, quanto naqueles que lá permaneceram, deixando o trauma e o dever de memória como herança a todas as gerações posteriores. Alguns traumatizados, diante de sua ferida, preferem guardar o silêncio sobre os acontecimentos, já para outros é extremamente necessário se manifestar para dar vazão a sua dor e poder elaborar a memória recalcada. Desta maneira, o trabalho investiga de que forma a experiência traumática é expressa em um romance quase inteiramente narrado por animais. A narrativa animal evoca a tradição francófona da fábula que será posta em diálogo com outros gêneros literários presentes na tessitura da obra, tais como, o romance centrado em um fait divers e o road novel. Cada um destes gêneros será confrontado a uma violência particular, respectivamente, a de gênero e a colonial contra as populações indígenas. Por fim, o romance testemunhal será analisado de maneira a perceber como a transmissão às gerações futuras impede que a violência se eternize como forma de vingança, já que para autores como René Girard, um ato de brutalidade gera outro como resposta mimética. Ao final, deseja-se responder à pergunta que norteia todas as reflexões presentes na tese: Como é possível suplantar o desejo de vingança e, deste modo, por fim à barbárie? Para tal intento, serão utilizados os pensamentos de Pierre Bourdieu, Aleida Assmann, Zilá Bernd, Maria Bernadette Porto, dentre outros. |