[pt] A MULHER COMO CAMPO DE BATALHA: UM ESTUDO PSICANALÍTICO DO ESTUPRO COMO ARMA DE GUERRA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: REBECCA DOS SANTOS ALCICI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55991&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55991&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55991
Resumo: [pt] O estupro foi visto durante muito tempo como uma consequência do conflito armado. Contudo, esse cenário mudou na guerra da Bósnia, pois o estupro deixou de ser meramente um efeito colateral da guerra para ser percebido como estratégia/arma de guerra com o principal objetivo de realizar a limpeza étnica. A violência, o estupro e o trauma são os protagonistas da nossa investigação. Nossa pesquisa é de cunho estritamente teórico e, para isso, utilizamos a referência psicanalítica nos baseando principalmente na obra freudiana para pensar a ideia de pulsão de morte, violência, guerra e trauma. Além disso, utilizamos também as considerações de André Green para analisar os conceitos de objetalização e desobjetalização do corpo da mulher nesse processo. Pois percebemos o quanto a mulher é investida como objeto/instrumento de guerra com o fim de um propósito maior – como no caso da guerra da Bósnia, a limpeza étnica – também é totalmente desinvestida e anulada como sujeito, sem poder consentir ao que acontece com seu corpo tornado objeto. Além disso, analisamos o quanto o trauma possui efeitos dessubjetivantes na mulher que passa por essa cena de horror.