Turismo de bicicleta: a dinâmica das cicloviagens na perspectiva dos cicloviajantes
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/14738 http://dx.doi.org/10.22409/PPGTUR.2020.m.12940874794 |
Resumo: | O crescimento do turismo de bicicleta no Brasil e no mundo, assim como as diferentes formas de utilizar a bicicleta como meio de transporte durante a atividade turística, tem despertado o interesse de pesquisadores mundialmente. Neste trabalho, o objetivo principal foi compreender as dinâmicas das cicloviagens a partir de relatos de cicloviajantes de forma transversal com textos que abrangem consumo e espaço. E, como objetivos específicos, verificar existência ou não de diferença entre cicloviagem e cicloturismo por meio de suas definições e características; entender como se dá o consumo na cicloviagem; verificar a relação entre a teoria do espaço turístico com o espaço ocupado pelo cicloviajante, e a partir disso, compreender o espaço turístico das cicloviagens. A fim de alcançar os objetivos, utilizou-se pesquisa quali-quanti, por permitir a utilização de diferentes metodologias. Do capítulo 1 ao capitulo 4, optou-se pela pesquisa bibliográfica, articulando com relatos de dois cicloviajantes (Isabela Caruso e Sven Schmid). Enquanto que, no capítulo 5, utilizou-se o questionário estruturado, dividido em três seções (i) introdução; (ii) atividades e comportamento; (iii) características dos viajantes de bicicleta. A partir do estudo epistemológico da palavra cicloturismo, no primeiro capítulo, notou-se que seu uso não está errado, porém equivocado. Com isso, sugere-se uma nova nomenclatura, turismo de bicicleta, abrangente a todas as atividades turísticas que utilizam a bicicleta e, como subsegmentos, cicloturismo, cicloviagem e ciclodesporto. A continuação da pesquisa se restringe ao estudo das cicloviagens. No segundo capítulo, fez-se levantamento bibliográfico a fim de verificar quais assuntos relacionados ao turismo de bicicleta são mais pesquisados. Ao fim do capítulo se percebeu a existência de uma lacuna, principalmente, em relação às pesquisas sobre cicloviagens. O terceiro capítulo discorre sobre a relação do cicloviajante com o consumo, utilizando pensadores como Zygmunt Bauman, Paul Bloom e Daniel Kahneman. Pôde-se perceber que as cicloviagens, com base nos dois relatos, estão na contramão do consumismo. A partir da discussão entre os referidos autores, pode-se apresentar um novo conceito chamado de capital móbil onde toda a possiblidade em qualquer tipo de transporte demanda que o indivíduo disponha de capital para seu deslocamento. O quarto capítulo aborda a questão do espaço sob a perspectiva de estudiosos das áreas da geografia, filosofia e da arquitetura. Notou-se real complexidade do espaço, principalmente, quando se trata do espaço turístico do cicloviajante. O espaço turístico de Boullón, mostrou-se frágil por limitar o turista em parte do espaço e desconsiderar a bicicleta como meio de transporte. Assim, viu-se que o espaço do cicloviajante pode ser visto a partir da perspectiva do slow travel, movimento que segue na contramão do turismo de massa, possibilitando ao turista melhores experiências por não se permitir uma viagem vivida em função do tempo. E, por fim, o quinto capítulo apresenta os resultados e discussões da pesquisa online, publicada em grupos da rede social Facebook específicos de cicloviajante, corroborando algumas ideias trabalhadas nos capítulos anteriores. A pesquisa obteve 241 respostas, mostrando que os respondentes se autodeclaram cicloviajantes, porém quando separados por continentes (América do Sul e Norte e Europa), somente os sul americanos se autodeclaram cicloturistas. Além disso, a maioria deles estão na faixa dos 35 aos 44 anos, preferem rotas que passam por áreas ou cidades rurais, porém se contradizem quando declaram que quando estão pernoitando em cidade optam por visitar atrativos turísticos. A maioria dos respondentes costumam viajar com amigos e/ou familiares ao longo de toda viagem. Ademais, a principal motivação em se fazer uma cicloviagem é a aventura dela |