Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lima, Vivian Cristina Gama Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31107
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Resumo: |
Diante da pandemia da COVID-19, observou-se que a infecção por SARS-CoV-2 pode progredir para doença respiratória grave, levando até a óbito. Dentre as diversas complicações da COVID-19, observa-se a ocorrência de eventos tromboembólicos. Paralelo a isso, há estreita relação entre a doença oncológica e o tromboembolismo venoso, com risco aumentado de pessoas com câncer desenvolverem evento tromboembólico quando comparados à população em geral. Desta forma, surgiram as seguintes questões de pesquisa: pessoas com câncer e diagnóstico de COVID-19 possuem maior risco para desenvolver eventos tromboembólicos? E: como a enfermagem pode contribuir para prevenir eventos tromboembólicos em pessoas com câncer e COVID-19? O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a associação entre a infecção por COVID-19 e os eventos tromboembólicos em pessoas com câncer durante o primeiro ano da pandemia. O presente estudo pretende contribuir na assistência às pessoas com câncer e COVID-19, norteando a prática e sugerindo condutas voltadas para prevenção de eventos tromboembólicos. Desta forma, a pesquisa tende a fortalecer o ensino da enfermagem oncológica e a pesquisa científica, mediante a publicação de estudos, o que agrega novo conhecimento e valoriza a atuação de enfermeiros. A pesquisa possui, grande relevância social, pois, no contexto dos eventos tromboembólicos, as doenças cardiovasculares são as que mais acometem a população mundial, respondendo por número elevado de óbitos. Além disso, considerando a agenda de prioridades de pesquisa do Ministério da Saúde, observa-se que esta pesquisa tende a contribuir com a avaliação dos eventos tromboembólicos como eventos adversos na assistência à saúde da pessoa com câncer. Optou-se, então, pelo estudo do tipo caso-controle, realizado nas unidades do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Selecionaram-se prontuários de pessoas com câncer, atendidas no primeiro ano da pandemia da COVID-19. A pesquisa abordou dois grupos, subdivididos em dois grupos cada, totalizando quatro grupos: um grupo de pessoas com eventos tromboembólicos foi subdividido em um grupo com COVID-19 e outro sem COVID-19 e outro grupo com pessoas sem eventos tromboembólicos, também subdividido em um grupo com COVID-19 e outro sem COVID-19. Após análise dos resultados, procedeu-se à busca na literatura, a fim de identificar dados que, associados aos principais achados, subsidiassem uma estratégia de enfermagem na prevenção destes eventos. O estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas, conforme pareceres nº: 4.486.636 e 4.509.083. Incluíram-se 828 participantes, dos quais, 11,59% possuíam diagnóstico de COVID-19. O grupo caso contou com 388 prontuários e o grupo controle com 440. No global, observou-se população majoritariamente do sexo feminino, de raça branca, com média de idade de 58,2 anos. A comorbidade mais prevalente foi a hipertensão, seguida por diabetes. Do total, 90,5% possuíam neoplasia maligna, 73,91% tinham câncer ativo e o sítio tumoral mais frequente foi o ginecológico. Os achados revelaram que neoplasia maligna, câncer ativo, quimioterapia, quimioterapia recente, transfusões sanguíneas e hormonioterapia estiveram associados à ocorrência de evento tromboembólico. Não se observou relação importante entre a infecção da COVID-19 com a ocorrência desses eventos na população estudada. Desta forma, sugere-se a elaboração e validação de uma escala modificada a ser usada para pessoas com câncer, considerando dentre os achados, o maior fator de risco relacionado ao câncer com pontuação diferenciada. Conclusão: Os resultados deste estudo confirmam a gravidade da doença oncológica diante de outros fatores de risco para este tipo de complicação, uma vez que o câncer e seus tratamentos se mostraram como variáveis importantes na ocorrência de eventos tromboembólicos e estes estiveram estatisticamente associados à alta taxa de óbito observada na população estudada. |