Avaliação comparativa das técnicas de instrumentação substrativa convencional e de osseodesinficação em implantes dentários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Machado, Rafael Coutinho Mello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25106
Resumo: Artigo In vivo: A estabilidade primária é um pré-requisito para a osseointegração bem-sucedida do implante. A técnica de osseodensificação (OD) é uma técnica de perfuração não subtrativa que preserva o tecido ósseo, aumenta a densidade da parede da osteotomia e melhora a estabilidade primária. Este estudo teve como objetivo investigar a hipótese de que a OD, por meio de uma osteotomia mais ampla, produz câmaras de coágulo (HCs) na interface implante-osso, sem afetar a estabilidade primária do implante no osso de baixa densidade. Vinte implantes (3,5 × 10 mm) com superfície de titânio com recobrimento de nanohidroxiapatita (nHA) foram inseridos no ílio de dez ovelhas. Os leitos dos implantes foram preparados da seguinte forma: (i) 2,7 mm de largura usando a técnica de perfuração convencional subtrativa (SCD) (n = 10); (ii) 3,8 mm de largura usando um sistema de broca OD (n = 10). As amostras ósseas contendo os implantes foram obtidas após 14 e 28 dias (n=5) e processadas para avaliação histológica e histomorfométrica do contato osso-implante (BIC) e ocupação da fração da área óssea (BAFO). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em relação ao torque de inserção final e quociente de estabilidade do implante (p> 0,050). Os valores de BIC foram maiores para SCD após 14 e 28 dias (p <0,050); entretanto, os valores de BAFO foram semelhantes (p> 0,050). Foi possível concluir que a técnica OD permitiu um preparo mais amplo do local de implantação, sem prejuízo na estabilidade primária e remodelação óssea. Artigo Ensaio clínico: O presente estudo teve como objetivo comparar a estabilidade de implantes dentários instalados em área de baixa qualidade óssea com preparo de um leito cirúrgico mais amplo preparando a interface osso-implante de acordo com o conceito da câmara de cicatrização realizado com a técnica de osseodensificação e o preparo do leito cirúrgico pela técnica de perfuração padrão subdimensionada. Os dezesseis participantes da pesquisa apresentavam densidade óssea D3 ou D4 de acordo com a classificação de Misch e foram distribuídos aleatoriamente, para receber VI implantes dentários, após a técnica de osseodensificação (G1: n = 29) ou técnica de preparação de perfuração padrão subdimensionada (G2: n = 26). O torque de inserção do implante (IT) e o quociente de estabilidade do implante (ISQ) foram aferidos imediatamente após a instalação do implante. A sobrevivência do implante e a estabilidade secundária (ISQ) foram avaliadas após seis meses. O grupo G1 apresentou maior IT (39,0 ± 6,4 Ncm) do que o G2 (32,0 ± 3,4 Ncm) (p <0,001). Os valores do ISQ foram semelhantes (p> 0,05) na inserção do implante (67,1 ± 3,2 e 65,5 ± 2,7 para G1 e G2, respectivamente). Após seis meses da instalação dos implantes, a sobrevivência dos implantes foi igualmente comparável em ambos os grupos (p> 0,05) e os valores de ISQ apresentaram-se proporcionalmente maiores do que aqueles aferidos no momento da analise de inserção dos implantesmesmo as medidas não apresentarem correlação (p <0,001), porém estatisticamente semelhantes (p> 0,05) para ambos os grupos (74,0 ± 3,6 e 73,3 ± 3,2 para G1 e G2, respectivamente). Dentro das limitações deste estudo, o presente RCT demonstrou que o preparo de um leito cirúrgico mais amplo, com a técnica de osseodensificação, possibilitou comprovação do conceito de câmara de cicatrização óssea em osso de baixa qualidade, sem qualquer redução na estabilidade primária do implante e na taxa de sucesso.