Resistência à corrosão do aço SAE 1010 deformado a frio via prensagem em canais equiangulares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Braga, Jorgimara de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27080
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a microestrutura do aço SAE 1010 com estrutura granular inicialmente grosseira e após à deformação via processamento em canais equiangulares (ECAP) em: um passe, rota A e rota C. Foi analisado o comportamento eletroquímico dos mesmos em meio neutro, ácido e alcalino. A deformação verdadeira acumulada foi de 2,38. A caracterização microestrutural foi realizada com o auxílio da microscopia óptica (MO) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) no modo retroespalhado. O comportamento eletroquímico foi avaliado utilizando as técnicas de polarização potenciodinâmica e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE). O comportamento mecânico do aço SAE 1010 foi realizado a partir de medidas de dureza Vickers. O tamanho de grão da amostra como recebida foi de 48 ± 2,7 μm, após um passe de deformação via ECAP 23,9 ± 3,1μm, na rota A 11,2 ± 5,5 μm e rota C 8,6 ± 7,8 μm, respectivamente. O valor de dureza para amostra de partida foi igual à 84,7 ± 4,3 Vickers, após um passe foi obtido 205,4 ± 12,6 Vickers, na rota A 224 ±15,9 Vickers e rota C 215,04 ± 14,3 Vickers. A partir dos mapas de dureza nota­se a não homogeneidade nos valores após a deformação via ECAP. O comportamento eletroquímico do aço foi avaliado em meios de NaCl 0,25mol.L­1 (pH 6,5), ácido cítrico 0,1 mol.L­1 /fosfato de sódio 0,2 mol.L­1 (pH 3,70) e hidróxido de sódio 0,1 mol.L1 /fosfato de sódio 0,1 mol.L­1 (pH 10,5). Em meio de NaCl foram realizados os ensaios de polarização e EIE. Os valores de potencial de pite (Epite) obtidos a partir da polarização anódica em solução de NaCl foram de -­0,43V para a mostra de partida, -­0,41V para o material deformado em um passe e valores de ­-0,36V e ­-0,34V para os materiais processados nas rota A e C. Foram observados o aparecimento de pites em maior quantidade por área na amostra de partida do que em materiais processados nas rotas A e C. Estes apresentaram melhor resistência à corrosão localizada nos ensaios de polarização. Os valores de resistência à polarização (R2) obtidos a partir da EIE foram maiores para rota C, apresentando maior arco capacitivo, logo melhor resistência à corrosão em meio NaCl. Os ensaios em meio ácido cítrico/fosfato de sódio mostraram valores de taxa de corrosão (icorr) para o material de partida igual a 0,2 mA.cm­2, deformado em um passe 0,15 mA.cm­2 , rota A 0,1 mAꞏcm­2 e para a rota C igual a 0,08 mAꞏcm2 . Em solução de hidróxido de sódio/fosfato de sódio, os valores de corrente de passivação (ipass) para a amostra de partida foi 0,08 mA.cm­2 , deformada em um passe 0,07 mA.cm­2 e nas amostras processadas via rota A e C os valores foram iguais à 0,04 mA.cm­2 e 0,03 mA.cm­2 , respectivamente. Resultados de ipass foram maiores para o material como recebido e deformado em um passe, isto mostra que o filme formado em meio alcalino para essas amostras são menos estáveis que em materiais que sofreram deformação nas rotas A e C. Conclui­-se que as amostras deformadas nas rotas A e C obtiveram melhor resistência à formação de corrosão localizada (pites) em NaCl , as taxa de corrosão em meio de pH ácido foram menores e o filme passivado formado em meio alcalino mais estável para ambas.