Análise do comportamento da desoxi-hemoglobina durante o teste cardiopulmonar de exercício em indivíduos com síndrome metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Machado, Alessandro da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11911
Resumo: A utilização da espectroscopia de luz próxima ao infravermelho (ELPI) no teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) pode auxiliar no diagnóstico precoce de disfunções microvasculares. Esta tecnologia é capaz de medir a concentração micromolar de hemoglobina desoxigenada (HHb). A HHb tem sido utilizada para a estimativa da relação entre consumo e oferta de oxigênio ao nível muscular (VO2/Qm), e portanto fornece estimativa da extração de oxigênio. O comportamento da HHb vem sendo investigado a partir de dois modelos matemáticos, sigmoide e duplo linear, porém até o momento este conceito não foi avaliado no contexto de doença cardiovascular. Deste modo, esta dissertação teve o objetivo de analisar o comportamento da HHb no TCPE utilizando os dois modelos matemáticos vigentes para comparar e caracterizar o comportamento da HHb entre indivíduos com síndrome metabólica (SM) e indivíduos saudáveis. A pesquisa foi conduzida com a seleção de 12 indivíduos com SM (38±7 anos) e 12 indivíduos saudáveis (34±7 anos) (grupo controle, CT). Os grupos foram submetidos ao TCPE com medida da HHb no músculo vasto lateral. Utilizou-se a equação sigmoide para avaliar a HHb normalizada em função do tempo relativo, que gerou as variáveis c/d (50% da variação da HHb) e d (inclinação da sigmoide). A equação duplo linear foi utilizada com redução de 15% dos dados iniciais de HHb e carga normalizados, com o objetivo de avaliar o comportamento na parte final do teste. A variável ponto de quebra (PQ) representou o valor de carga% no ponto de intersecção entre os dois segmentos (ponto a partir do qual há estabilização da HHb) e demarcou o exercício de alta intensidade. Já o y2 foi o valor de HHb% no PQ. Observou-se semelhança dos grupos no VO2 máximo absoluto, na carga de pico e na frequência cardíaca no pico. Não houve diferença entre os grupos no comportamento sigmoide, visto na resposta média da HHb com a variável c/d (P = 0,18) e a variável d (P = 0,48). Em relação ao comportamento no final do esforço, não houve diferença entre os grupos no PQ (P = 0,14). Entretanto a variável y2 foi menor na SM (P < 0,05). Em conclusão, a HHb normalizada foi menor na SM no PQ, o que sugere menor extração de oxigênio em alta intensidade de exercício, possivelmente em função da maior contribuição do metabolismo anaeróbio na SM