Influência de diferentes tratamentos de superfície na estabilidade de união entre cerâmica estabilizada por ítria e cimentos resinosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Miragaya, Luciana Meireles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11335
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de quatro tratamentos de superfície na estabilidade de união entre um cimento resinoso auto-adesivo e uma cerâmica a base de zircônia estabilizada por ítrio (Y-TZP). Para que isso fosse possível, o estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira, quarenta placas (8x6x1mm) de uma cerâmica Y-TZP foram divididas aleatoriamente em quatro grupos (n=10) de acordo com o tratamento de superfície utilizado: Controle - sem tratamento; Jateamento com Al2O3 (50µm); aplicação de primer a base de MDP; e condicionamento com Sistema Rocatec. As placas cerâmicas tratadas com cada um dos tratamentos foram divididas em 2 sub-grupos em função do cimento resinoso testado: RelyX ARC (ARC - cimento resinoso convencional) e RelyX Unicem (UCem - cimento resinoso auto-adesivo). Os cimentos resinosos foram aplicados no interior de tubos de PVC (0,75mm de diâmetro e 0,5mm de altura) posicionados sobre a placa cerâmica. Após o armazenamento em água a 37oC por 24h, os espécimes foram submetidos ao ensaio de micro-cisalhamento a uma velocidade de 1mm/min. Os resultados dessa primeira fase do experimento mostraram que os tratamentos de superfície influenciaram significativamente a resistência de união (p < 0,05). Para os quatro tratamentos de superfície, UCem apresentou resultados significativamente maiores do que o ARC (p < 0,05). Para ambos os cimentos, o melhor resultado foi produzido pelo primer a base de MDP: ARC - 15,9 + 5,0MPa e UCem - 36,2 + 2,1MPa. Os maiores valores de resistência foram apresentados pelos grupos que combinaram o UCem ao uso de primer a base de MDP (36.2 ± 2.1 MPa) e ao condicionamento com o sistema Rocatec (37.4 ± 2.3 MPa). A segunda etapa do estudo, teve como objetivo verificar a estabilidade da união obtida com os tratamentos de superfície. Para tanto, a metodologia foi repetida e novos espécimes, combinando os mesmos tratamentos de superfície e cimentos utilizados na primeira etapa, foram confeccionados e armazenados em água destilada a 37oC por 6 meses. Após a imersão, os mesmos foram submetidos ao ensaio de microcisalhamento. Esta segunda fase mostrou que à exceção dos espécimes que combinaram o cimento ARC ao tratamento com o sistema Rocatec, todos os demais tiveram sua resistência diminuída após o armazenamento em água (p < 0,05). Para o UCem a queda foi de 54,8% nas cerâmicas tratadas com Rocatec e de 52,8% nas tratadas com o primer. No grupo que combinou o ARC ao tratamento da superfície cerâmica com primer a base de MDP a queda foi de 42,5%. Pode-se concluir, dentro das limitações deste estudo, que nenhum dos tratamentos de superfície foi capaz de tornar estável e confiável a união entre o cimento resinoso auto-adesivo e a cerâmica Y-TZP após seis meses em água