Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Perez, Gabriel Mendes Hernandez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/5116
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Resumo: |
A imigração de brasileiros no Suriname é um fenômeno relativamente recente que começou a ser percebido em meados dos anos 80, quando as primeiras modestas ondas de migração, formadas sobretudo por garimpeiros e prostitutas, se instalaram principalmente no interior do país. Estima-se que atualmente vivam na antiga Guiana Holandesa cerca de 16.000 brasileiros, concentrados particularmente na zona norte da capital Paramaribo, onde exercem atividades diversas nos setores de mineração, prestação de serviços, comércio e prostituição. Esta pesquisa se propõe a analisar as práticas e representações linguísticas de imigrantes brasileiros residentes na capital do Suriname, país onde coexistem cerca de 20 línguas faladas por distintas etnias, sendo o holandês a única com status de idioma oficial. Por entender, assim como Calvet ([1999] 2004), que as práticas linguísticas e as representações, ou seja, as imagens que os sujeitos constroem em torno das línguas, são não só interdependentes, mas se relacionam com os contextos sociais, ideologias e relações de poder nas quais estão inseridas, discuto neste trabalho os conceitos de mercado linguístico e violência simbólica conforme Bourdieu ([1982] 1996) e, naturalmente, contextualizo a imigração brasileira e apresento o panorama sociolinguístico observado no país, com ênfase na capital Paramaribo. A pesquisa in loco que constitui o corpus desta investigação demonstrou ainda que o gênero dos falantes exerce forte influência sobre as práticas e, sobretudo, sobre as representações linguísticas dos sujeitos, o que apontou para a necessidade de se discutir as interações entre linguagem e essas duas categorias. Assim, o presente trabalho apresenta ainda uma revisão bibliográfica das pesquisas sociolinguísticas mais relevantes que se dispuseram a analisar tais relações, como as pioneiras contribuições variacionistas de Labov (1966, 1990), Trudgill (1972) e Eckert (1989), os estudos centrados em contato linguístico de Piller & Pavlenko (2001, 2006) e, ainda, as desconstruções de um emergente campo dos estudos da linguagem, a linguística queer (LIVIA. A; HALL, K, 1997; BORBA, 2015). A reflexão teórica aqui proposta visará a discutir não só como esses dois fatores afetam as escolhas dos falantes, mas como os indivíduos constroem e afirmam seu gênero e outras identidades através da linguagem |