Identificação das fases latente e replicativa do vírus Epstein-Barr: análise em tecidos parafinados de lesões de cabeça e pescoço através das técnicas de imuno-histoquímica, hibridização in situ e Nested PCR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Mônica Lage da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26422
Resumo: O vírus Epstein-Barr pertence à família do grupo herpes e dados sorológicos indicam que mais de 90% da população mundial está infectada com o EBV latente nos linfócitos B. O mecanismo pelo qual ocorre a replicação viral em indivíduos saudáveis ainda não está bem esclarecido, mas é certo o envolvimento de tecidos da orofaringe e a eliminação viral periódica pela saliva. O EBV tem sido associado a doenças benignas e malignas, entre as quais os linfomas (Hodgkin, não-Hodgkin, de células B e T), carcinomas nasofaríngeos, gástricos e mamários, mononucleose infecciosa e a leucoplasia pilosa oral. Lesões papilomatosas bucais têm sido relacionadas etiopatogenicamente com o Papilomavírus humano (HPV) e até com o vírus Epstein-Barr (EBV). Até o momento, os resultados encontrados na literatura relativos às lesões exofíticas malignas e benignas da mucosa bucal são controversos e imprecisos quanto à relação da etiopatogenia. Lesões papilomatosas bucais têm sido relacionadas etiopatogenicamente com o Papilomavírus humano (HPV) e até com o vírus Epstein-Barr (EBV), além do papel destes vírus na carcinogênese bucal. Até o momento, os resultados encontrados na literatura relativos às lesões exofíticas malignas e benignas da mucosa bucal são controversos e imprecisos quanto a relação da etiopatogenia com diferentes tipos de HPV e EBV. Este trabalho tem como objetivo principal estudar as alterações morfológicas e moleculares em linfócitos e células epiteliais infectados pelo vírus Epstein-Barr através de cortes de tecidos parafinados, utilizando as técnicas de detecção de proteínas, DNA e RNA. Foram selecionadas 125 amostras de tecidos parafinados de lesões suspeitas de infecção pelo vírus Epstein-barr que foram submetidas ao Nested-PCR para identificação do genoma do vírus. O EBV foi identificado em 52(42%). Sendo detectado em 5/5 (100%) das leucoplasias pilosas orais, 10/52 papilomas,14/15(93%) carcinomas nasofaríngeos, 13/24 (54%) tonsilites e 10/29 (34%) linfomas. Na hibridização in situ para o transcrito EBER observou-se uma maior marcação positiva no grupo das leucoplasias pilosas (100%) seguidos pelos carcinomas nasofaríngeos e linfomas (80% cada). A identificação do EBER pela ISH, em leucoplasias pilosas não foi relatada na literatura. Conclui-se que a PCR foi a técnica com maior sensibilidade na detecção do EBV quando comparada a ISH e IHQ. A boa sensibilidade observada com a imuno-histoquímica para a BZLF-1 em leucoplasias pilosas torna a técnica uma boa escolha na investigação das infecções replicativas. A infecção latente e replicativa nas leucoplasias pilosas são demonstradas através da imuno-histoquimica e hibridização in situ nas áreas dos efeitos citopáticos do EBV