Efeito da fase pré-analítica sobre os resultados dos parâmetros utilizados para avaliar acidose metabólica em pacientes hemodialisados
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28466 http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2022.m.11029819742 |
Resumo: | Introdução. O CO2 total (tCO2) é o principal parâmetro disponível para diagnosticar o grau de acidose metabólica em pacientes ambulatoriais, mas o cenário de tal desordem ácido- básica na hemodiálise no Brasil permanece obscuro. Esta situação se deve, em parte, ao fato de a determinação dos níveis de tCO2 não estar mais presente na lista das análises laboratoriais essenciais em hemodiálise em virtude de se acreditar que a medida não é confiável face aos problemas relacionados à fase pré-analítica específicos dessa população de pacientes. Objetivos. Avaliar os efeitos do tempo de espera e condições de armazenamento sobre os valores do tCO2 em hemodialisados, medidos quer pela gasometria quer por um método enzimático. Métodos. As amostras de sangue foram coletadas do acesso vascular antes de uma sessão de hemodiálise no meio da semana. Para gasometria, oito alíquotas foram coletadas separadamente em uma seringa heparinizada. As alíquotas foram mantidas refrigeradas (R) ou não refrigeradas (nR) e analisadas às 0, 4, 8 e 24 horas após a coleta. Uma amostra de sangue foi também coletada para o método enzimático sendo distribuída em catorze alíquotas, em frascos a vácuo que continham uma resina para separação de células. Metade das alíquotas foi mantida refrigerada. E outra metade em temperatura ambiente. Aquelas analisadas no tempo 0 foram imediatamente centrifugadas. Três das alíquotas restantes tanto dos grupos R e nR foram centrifugadas antes do armazenamento. Eles foram analisados às 4, 8 e 24 horas após a coleta. Resultados. Na gasometria nenhuma mudança significativa foi encontrada para os valores de bicarbonato ao longo do tempo, seja nas amostras não refrigeradas ou refrigeradas; os valores de tCO2 ao longo dos experimentos seguiram um padrão similar, exceto para a amostra analisada 24 horas após a coleta, que mostrou um pequeno, mas estatisticamente significativo aumento, porém de relevância clínica discutível. No ensaio enzimático, as reduções no tCO2 ao longo do experimento foram triviais. A redução absoluta mediana ao final do experimento (alíquotas analisadas após 24 horas de coleta) foi de 1,77 mEq/L, 1,21 mEq/L, 1,04 mEq/L e 1,12 mEq/L para as alíquotas não-centrifugadas/não-refrigeradas, centrifugadas/não-refrigeradas, não-centrifugadas/refrigeradas e centrifugadas/refrigeradas, respectivamente. Conclusão. Nossos resultados sugerem que os níveis de tCO2 são confiáveis e adequados para analisar o estado ácido-base dos pacientes em hemodiálise, mesmo quando sua determinação não é realizada imediatamente após a coleta, uma vez que os tubos sejam mantidos tampados, adequadamente selados e refrigerados. A conclusão é válida, quer o tCO2 seja calculado por gasometria ou determinado por um ensaio enzimático. |