Dinâmica espaço-temporal da pecuária no Estado do Rio de Janeiro entre 1985 - 2020

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Rocha, Stella Procópio da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Dinâmica espaço-temporal; Áreas de pastagem; GWR; Análise espacial; Pecuária; Pastagem; Economia agrícola; Space-time dynamics; Pasture areas; Spatial analysis
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33823

A atividade pecuária é de grande importância, visto que, além de fornecer alimento para milhões de pessoas em todo o mundo, é responsável pela utilização da maior área de terra em comparação às demais atividades da agropecuária. No estado do Rio de Janeiro, nos últimos trinta anos, segundo dados do IBGE, as áreas destinadas à pastagem têm reduzido de tamanho e em contrapartida o tamanho do rebanho tem aumentado. É sabido que o sobrepastoreio pode gerar pastagens degradadas, diminuindo a capacidade produtiva e prejudicando o ambiente. Nesse cenário, algumas questões são levantadas como, o tamanho do rebanho está acompanhando a produção, está havendo adensamento do pastoreio, há um padrão espacial nas alterações das áreas de pastagem e, há uma correlação espacial nas mudanças das áreas de pastagem e o efetivo do rebanho, entre outras variáveis. O objetivo principal desta tese é determinar a evolução da atividade pecuária no ERJ, considerando o tamanho do rebanho e a dinâmica espaço-temporal das áreas ocupadas por pastagens no período de 1985 a 2019. Fazer uma correlação espaço-temporal das mudanças das áreas de pastagem e seus determinantes. Para determinar a evolução, foram utilizadas as informações do Censo Agropecuário e da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE, caracterizadas em forma de mapas temáticos. Para a correlação espaço-temporal foram analisados os mapas de uso e cobertura do solo, elaborados pelo MapBiomas, ao longo dos trinta anos. Quanto aos determinantes, foram aplicadas análises de autocorrelação espacial com os indicadores OLS (Quadrados Mínimos Ordinários) e GWR (Regressão Geograficamente Ponderada) categorizando determinantes em variáveis geográficas e socioeconômicas. A análise da evolução pecuária demostrou que o Rio de Janeiro possui dois polos de produção, um ao norte (regiões Norte e Noroeste) e outro ao sul (região do Médio Paraíba). Essas três regiões possuem as maiores área de pastagem, número de produtores e rebanho bovino. Os municípios que faziam parte dos polos de produção há trinta anos, continuam os mesmos, a mudança deu-se no tipo de produção (de leiteira para corte). Há de se considerar também o surgimento de novos municípios na atividade. O modelo GWR explicou 47% dos determinantes e destes, o aumento do efetivo do rebanho foi o que apresentou maior relação direta nas alterações das áreas de pastagem. Por fim, sobre as mudanças, ao analisar as regiões separadamente, houve crescimento no Médio Paraíba, Centro-Sul e Baixadas Litorâneas. A única região que apresentou decréscimo foi a Metropolitana.