Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Eduardo Coriolano de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3270
|
Resumo: |
O envenenamento ofídico, dentre os acidentes com animais peçonhentos é o mais importante deles, pela sua frequência e gravidade. No Brasil, as serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por 90 % dos acidentes ofídicos. Os extratos vegetais apresentam uma diversidade de moléculas com diversas ações farmacológicas. As espécies de Clusia são de grande interesse paisagístico, porém duas espécies deste gênero, C. torresii Standl. e C. palmana Standl. apresentam propriedades antiofídicas contra o veneno de B. asper. O objetivo do nosso trabalho foi avaliar as propriedades antiofídicas da espécie Clusia fluminensis Planch & Triana, utilizando diferentes partes vegetais e solventes de diferentes polaridades para o preparo dos extratos, assim como uma benzofenona isolada do extrato hexânico da flor, frente atividades biológicas do veneno de B. jararaca. Ensaios in vitro mostraram que os extratos hexânicos e metanólicos das folhas e frutos, na proporção de 1:50 (veneno:extrato) foram capazes de inibir 100 % a atividade proteolítica do veneno de B. jararaca (9 μg/mL), usando-se azocaseína como substrato; com exceção do extrato hexânico do caule e da benzofenona que inibiram cerca de 50 %. Na atividade hemolítica do veneno de B. jararaca (88 μg/mL), a inibição foi de 40 %, nas proporções de 1:10 e 1:20. Por outro lado, os extratos nestas mesmas proporções não foram capazes de neutralizar a coagulação do plasma induzida pelo veneno de B. jararaca (22 μg/mL), de forma significativa. Em ensaios in vivo (atividade hemorrágica) apenas o extrato acetônico do fruto, na proporção de 1:20, foi capaz de reverter totalmente a hemorragia causada pelo veneno de B. jararaca (16,7 μg/g). Sendo assim, nossos resultados mostram que a planta C. fluminensis pode ser uma fonte de moléculas com propriedades antiofídicas, especificamente contra o veneno de B. jararaca, e que este efeito neutralizante está diretamente relacionado a parte do vegetal e a polaridade do solvente utilizado na extração, Além disso podemos concluir que a benzofenona não é responsável, isoladamente, pelos resultados obtidos |