Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva Júnior, José de Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11856
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Resumo: |
O carcinoma de células escamosas (CCE) é o tumor maligno mais frequente que afeta a boca. O gene TP53 é caracterizado como um supressor de tumor que codifica uma proteína nuclear de mesmo nome, p53. Apresenta-se como o gene mais comumente mutado nos CCE na região de cabeça e pescoço. Polimorfismos associados ao gene TP53 têm sido relacionados com um maior risco de desenvolvimento de neoplasias malignas. O polimorfismo PIN3 e Arg/Pro estão relacionados com funções biológicas importantes da proteína p53. A inativação da p53 também está associada ao gene MDM2, que além disso regula outros pontos de sua via de ação. O aumento de mdm2 está associado a um grande número de tumores. Recentemente, descreveu-se um polimorfismo (SNP309) na região promotora do gene MDM2, que aumenta a sua expressão, podendo contribuir para o desenvolvimento de tumores, mesmo na ausência de alterações em TP53. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a expressão das proteínas p53 e mdm2 em CCE de boca e verificar se os genes que codificam tais proteínas apresentam polimorfismos específicos nos indivíduos com esse tipo de tumor. Foi realizado um estudo prospectivo com pacientes com CCE em língua e assoalho, no Instituto Nacional de Câncer. De cada paciente foram coletadas amostras de tecido tumoral (n = 82) e/ou sangue periférico (n = 78) para análises moleculares. Foi incluído no estudo um grupo controle (n =224) que foi utilizado para estabelecer comparações com os polimorfismos. Na análise histopatológica foi adotada a classificação de gradação da OMS e avaliação histopatológica de risco (AHR) proposta por Brandwein-Gensler. Para o estudo imuno-histoquímico da proteína p53, foram utilizados os anticorpos DO-7 e PAb-240, e o IB-10 para mdm2. A quantificação da imunopositividade foi feita por análise digital de imagens. Para a análise dos polimorfismos Arg/Pro e SNP 309 foi utilizada a técnica de PCR em tempo real e PCR convencional para o polimorfismo PIN3. A população do estudo foi composta em sua maioria por homens, com idade média de 59 anos, tabagistas e etilistas. O estadiamento clínico mais encontrado foi o II e o patológico o IV. Na análise histopatológica, em relação à diferenciação, predominou o padrão moderadamente diferenciado, e na avaliação AHR os pacientes foram predominantemente classificados em alto risco. Observou-se imunoexpressão em 45% dos casos para o DO-7, 39% para o PAb-240 e 77% para o IB-10. Foi constatada associação entre as expressões do DO-7 e IB-10. A análise de Kaplan-Meier definiu os seguintes fatores como associados à sobrevida total: infiltrado inflamatório, invasão perineural e aumento da expressão da proteína mdm2. A expressão de p53 (clone DO-7) teve relação com o polimorfismo PIN3, enquanto o PAb-240 com o Arg/Pro. O polimorfismo de PIN3 foi associado a um maior desenvolvimento de CCE em língua e assoalho (p< 0,0001). A combinação dos polimorfismos PIN3 e SNP309 demonstraram um aumento no risco de apresentar esses tumores (p< 0,0001). Esse estudo apresentou informações relevantes na participação dos genes TP53 e MDM2 na carcinogênese bucal, dados que poderão contribuir na determinação do prognóstico e risco de desenvolvimento do CCE da boca |