Presença de genes de virulência e resistência em cepas de Escherichia coli uropatogênicas obtidas de pacientes com câncer ginecológico: comparação entre cepas resistentes e sensíveis ao ciprofloxacino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Capett, Muniqui Scharamm
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3148
Resumo: Escherichia coli é o principal patógeno associado a infecções do trato urinário (ITU) em pacientes com câncer ginecológico. As taxas de resistência dessas bactérias às fluoroquinolonas parecem elevadas nessa população. O objetivo deste trabalho foi caracterizar geneticamente as cepas de E. coli obtidas de ITU de pacientes com câncer ginecológico, bem como estudar a resistência ao ciprofloxacino nestas cepas. Para tal, 77 cepas de E. coli resistentes e 38 sensíveis ao ciprofloxacino, foram avaliadas. A diversidade clonal das cepas foi determinada pela técnica de PFGE. A tipificação filogenética e a presença dos genes de virulência iucC, fyuA, hlyC e cnf1, foram avaliadas por PCR. O estudo da resistência ao ciprofloxacino foi realizado pela detecção dos genes qnrA, qnrB e qnrS, aac(6’)-Ib-cr, e qepA, utilizando PCR; e pelo sequenciamento dos genes da DNA girase, gyrA e gyrB, e da topoisomerase IV, parC e parE, em nove cepas resistentes, do grupo filogenético B2. Testes de Fisher ou qui-quadrado foram utilizados para análise estatística. Os resultados demonstraram grande variação genética entre as cepas resistentes ao ciprofloxacino analisadas pelo PFGE, no entanto, o grupo filogenético B2 foi o prevalente, tanto na população resistente (46,8%) quanto na população de cepas sensíveis (65,8%) ao ciprofloxacino. As cepas sensíveis tiveram maior detecção dos genes hlyC, cnf1 e fyuA (p<0,0001; p<0,0001; p=0,0008, respectivamente). O grupo B2 apresentou maior número de genes de virulência e foi associado com a presença de fyuA (p= 0,0123) na população resistente, e cnf1 (p=0,0008) na população sensível. Dentre todas as cepas, hlyC (p= 0,0255), cnf1 (p=0,0003) e fyuA (p= 0,0004) foram mais presentes no grupo B2. Com relação à resistência ao ciprofloxacino, os genes qnrA e qepA não foram detectados e o gene qnrS foi encontrado em uma única cepa. Número maior de detecção (6/ 7,8%) deu-se com relação ao gene aac(6’)-Ib-cr; porém, a detecção do gene qnrB foi muito acima do esperado, sendo este gene encontrado em 26% das cepas resistentes e em 13,2% das cepas sensíveis. As mutações encontradas foram Ser-83-Leu e Asp-87-Asn em gyrA, Ser-80-Ile, Glu-84-Val e Glu-84-Lys em parC. O número de mutações não teve correlação direta com a concentração mínima inibitória (CMI)