O Prometeu traído: espaço, técnica e controle no capitalismo monopolista e tecnológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mota, Giovane da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29014
Resumo: Ao fundir modernização e técnica busca-se estabelecer um padrão de apropriação e uso do território e, portanto, redirecionar as estruturas produtivas e o trabalho para a geração de um novo tipo de valor na periferia do sistema. É aqui que encontramos o novo momento da problematização, em que a técnica e o desenvolvimento se fundem em um único discurso modernizador. O destaque nessa modernização das infraestruturas e sistemas logísticos não nos deixa perceber de imediato que esses processos ocultam e trazem implícitos em si e em sua articulação no território uma estratégia de gestão e controle, quer pelo Estado quer pelo grande capital. Entramos assim no campo de uma ideologia técnica que se impõe aos espaços. É justamente, pois, na elucidação dos fundamentos do movimento de controle do tempo e do trabalho que vamos encontrar a montagem dessas estruturas técnicas, seu aperfeiçoamento e seu uso. Assim, a técnica vai assumindo outra face para além de sua evidente instrumentalidade e se apresentando como uma importante relação de controle social no conjunto das relações capitalistas. Eis o problema central que, por fim, decidimos encaminhar para elucidação com este trabalho. Sendo a técnica a principal mediação das relações socioespaciais da atualidade, é então a partir de sua manifestação concreta que se torna possível identificar temporalidades, correlações e assimilações. É possível, portanto, construir a materialidade do lugar a partir da detecção do nível de introjeção das relações indutoras do projeto mundo proposto pelo capitalismo em expansão e do conteúdo pré-existente e/ou resistente. O meio técnico, pelo capitalismo, se funde e se assimila ao próprio espaço, e se apresenta como projeto. Ao lugar assim recriado cabe a manifestação funcional, a materialização operacional. Uma nova teleologia se propõe, na qual o valor relativo transmutado em técnica seria o meio e o fim da realização do ser social.