A condição ontológica terrestre: uma interpretação crítica dos fundamentos ontoepistemológicos das categorias natureza e homem no pensamento geográfico moderno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guimarães, Humberto Goulart
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Man
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27178
Resumo: A hipótese de trabalho que orienta a tese é de que o Pensamento Geográfico Moderno é herdeiro da antinomia Natureza/Homem do modo de ser-no-mundo ocidental-moderno-capitalista. As heranças, que são reproduzidas pelo Pensamento Geográfico, reforçam ainda mais essa antinomia. Tais antinomias geram impasses que fragmentam o objeto da Geografia. A partir da problemática do impasse emergiu a questão central a ser averiguada: quais influências do pensamento filosófico e científico, através dos tempos, fundamentaram ontoepistemológicamente as concepções de Homem e Natureza na Geografia? Com essa indagação foi gerado o tema da pesquisa, que é a uma proposta de interpretação crítica dos fundamentos ontológicos e epistemológicos das categorias Natureza e Homem no Pensamento Geográfico Moderno. Essa temática tem como objetivo geral analisar e interpretar criticamente os fundamentos ontoepistemológicos das concepções de Natureza e de Homem e suas resignificações ao longo do tempo, no modo de reprodução dominante e no Pensamento Geográfico Moderno. A busca será para desenvolver reflexões sobre como tais fundamentos ontoepistemológicos promoveram um modo de ser-no-mundo muitas vezes contraditório à condição ontológica terrestre. Sabendo-se que Homem e Natureza juntos nem sempre são discutidos de modo aprofundado nas produções geográficas e consequentemente nas suas próprias bases ontoepistemológicas. A proposta de método é uma hermenêutica ontofenomenológica crítica, pautada em um anarquismo epistemológico, que visa mais uma "bricolagem teórica", no qual serão utilizados métodos e metodologias de "linhas" de pensamento que façam uma convergência para um objetivo em comum, tais como: Ontologia, Fenomenologia, Teoria Marxiana e Anarquismo. Para dar cabo da interpretação, a abordagem inicia com a busca de desenredar algumas facetas do fenômeno da Exteriorização, para compreender a origem da antinomia Natureza/Homem. Desse modo, emerge as concepções de modo de reprodução da existência alienado, processos totalizadores, modo de ser-no-mundo e Exteriorização. No segundo momento o prosseguimento é para a interpretação crítica do conjunto de impasses advindos da concepção de Totalidade, tratados como metafísico-racionalista-organicista. Dessa forma serão permeadas a Totalidade Atomístico-Metafísica, a Totalidade Atomístico-Racionalista e, por fim, a Totalidade Organicista-Dinâmica, que concede forte legado para o Pensamento Geográfico Moderno. No terceiro momento é buscada a reinterpretação crítica das heranças dos fundamentos ontológicos e espistemológicos de Natureza e de Homem no Pensamento Geográfico Moderno, direcionado para as Geografias Setoriais, Física e Humana. A interpretação final é para as propostas reintegrativas, para verificar se a herança fragmentária foi mantida ou se as propostas deram conta de superar a antinomia Natureza/Homem. Por fim, emerge a proposta integrativa do autor, por onde será apresentado o plano de uma Geografia da Existência, além de dois conceitos: a Terracidade e o Ser-na-Terra.