O feminino como Medium da linguagem: sobre algumas figuras femininas na obra de Walter Benjamin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinho, Isabela Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30224
Resumo: A presente dissertação tem em vista a relação entre a noção de feminino que surge na obra de Walter Benjamin e o Medium da linguagem a partir do ensaio "Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem". Para tanto, analisaremos duas fontes históricas do pensamento benjaminiano acerca da questão do feminino: o neokantiano Heinrich Rickert, que em seu Sistema de Valores associa o feminino à plenitude acabada no presente, e o antropólogo J. J. Bachofen, autor de O Matriarcado, investigação sobre a ginecocracia do mundo antigo à luz de sua natureza religiosa e política. A partir dessas fontes históricas, veremos que o feminino associado ao Medium da linguagem pode ser interpretado como a esfera negativa anterior à fala humana, como será o caso da Otília goethiana e da Mummerehlen; e nesse sentido, pode ser aproximado da questão do mito. No entanto, será a partir da leitura de Giorgio Agamben sobre a questão da linguagem em Benjamin que chegaremos a uma outra possibilidade de interpretação para o feminino. Para esse fim, nos debruçaremos sobre o ensaio juvenil de Benjamin, "A Metafísica da Juventude", para entender em que consistiriam uma linguagem e uma cultura femininas.