Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Julia Duppre de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37712
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é responsável por manter registros que abrangem o consumo alimentar e medidas antropométricas coletadas no atendimento primário em todas as Unidades Básicas de Saúde do Brasil desde 2008. Analisar o padrão de consumo alimentar dos adolescentes registrados no SISVAN, tanto em âmbito nacional quanto nas diferentes macrorregiões do país, tem significativa importância. O fato de compreender se há o acesso regular e a realização de refeições com alimentos de qualidade, auxilia e traz efetividade no planejamento e na implementação de ações e políticas direcionadas à promoção da segurança alimentar e nutricional com objetivo de garantir o desenvolvimento pleno da população. OBJETIVO: Avaliar a tendência temporal (2015-2019) dos marcadores de consumo alimentar em adolescentes cadastrados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no Brasil e macrorregiões. MÉTODOS: Estudo ecológico com dados secundários de consumo alimentar de adolescentes (10 a 19 anos) cadastrados no SISVAN (2015-2019) no Brasil e nas cinco macrorregiões: Norte, Sul, Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte. Foi analisada a frequência de consumo de alimentos saudáveis (in natura) e não saudáveis (ultraprocessados), realização das refeições (café-da-manhã, lanche da manhã e tarde, almoço, jantar e ceia) e comer assistindo a telas (TV, computador, celular). A variação anual da proporção de consumo de cada item foi obtida a partir da regressão de Prais-Winsten (p valor ≤ 0,05), no programa R4.20. RESULTADOS: Foram 679.958 registros analisados. Observou-se estabilidade no consumo de feijão. O consumo de frutas apresentou aumento geral de 1,2%, sendo maior no Sudeste (2,1%), o Norte apresentou uma queda de 1,3%. Para verduras e legumes houve crescimento no Sudeste (1,2%) e Nordeste (1,9%). Houve aumento no consumo de hambúrguer e/ou embutidos no Brasil (4,2%) e Sudeste (2,2%). As bebidas adoçadas mostraram tendência de queda no Norte (2,7%), Sudeste (1,4%) e Sul (2,2%). O macarrão instantâneo teve aumento no Sul (1,2%), enquanto biscoito recheado e/ou guloseimas apresentaram crescimento no Nordeste (3,5%) e queda no Sudeste (1,8%). Quanto aos hábitos de assistir a telas (TV, computador, celular) durante as refeições, houve uma queda no Sul (3%) e crescimento no Centro-oeste (1,8%) e Norte (3,2%). Houve uma tendência de queda na realização do café da manhã no Brasil (22,2%), Centro oeste (47,3%), Nordeste (22,6%), Norte (28,1%), Sudeste (13,1%) e Sul (33,9%). Similarmente, os lanches da manhã, almoço, lanche da tarde e ceia mostraram tendências de quedas em várias regiões do país. Quando considerada a realização de pelo menos três refeições diárias, todos os resultados indicaram tendência de queda, consistente no Brasil (22,3%), nas regiões Centro-oeste (47%), Nordeste (22,6%), Norte (28,1%), Sudeste (13,3%) e Sul (33,6%). CONCLUSÕES: Os resultados mostraram uma tendência de estabilidade de consumo do feijão, com baixo aumento de consumo de frutas e verduras, um crescimento no consumo de ultraprocessados e uso das telas (TV, computador, celular). Além disso, verificou-se uma diminuição importante na regularidade das refeições diárias realizadas pelos adolescentes no período analisado. Esse fato necessita de atenção dos gestores da saúde pública para garantir o direito humano à alimentação adequada desses indivíduos, em tempo de corrigir possíveis desvios e manutenção de seu pleno desenvolvimento |