O médico entre a tradição e a inovação: João Curvo Semedo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lourenço, Tânia Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14265
Resumo: Na Idade Moderna, a medicina praticada em Portugal baseava-se nos pressupostos teóricos herdados da Antiguidade greco-romana e nas contribuições árabes, difundidas na Península Ibérica durante o domínio do Islã na região. A teoria humoral era predominante na orientação da terapêutica e do diagnóstico. O conhecimento científico do Reino estava fundamentado nos princípios do Aristotelismo e da Escolástica, baseada em São Tomás de Aquino, contribuindo sobremaneira para que o saber e a cultura lusa estivessem pouco afeitos às inovações Além-Pireneus. Entretanto, não houve um completo isolamento português aos avanços científicos. A terapêutica praticada pelo médico João Curvo Semedo, conciliando a tradição hipocrático-galênica com o hermetismo, constitui um indício relevante sobre este aspecto. A proposta do estudo ora apresentado é demonstrar as especificidades das práticas de cura disseminadas por Semedo no âmbito da medicina portuguesa, além de buscar compreender as ideias por ele difundidas, mormente, quanto à farmácia química, formação e atuação médicas, assim como comprovar que os ecos da Revolução Científica se fizeram presentes entre os lusos, durante os séculos XVII e XVIII.