Análise do perfil clínico, neurofisiológico e genético de pacientes com Doença de Charcot Marie Tooth de herança autossômica recessiva
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26817 http://dx.doi.org./10.22409/PPGMN.2021.d.11185684786 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo descrever as características clínicas, genéticas e epidemiológicas das formas recessivas da doença de Charcot-Marie-Tooth (AR-CMT) em pacientes avaliados em um centro de referência brasileiro e compará-las com os achados publicados na literatura. Entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2020, foram avaliados 503 indivíduos (94 famílias e 192 indivíduos não relacionados), com diagnóstico de CMT. Os dados clínicos e de exames complementares foram obtidos de prontuários eletrônicos e as amostras de sangue foram utilizadas para análises genéticas. A amplificação multiplex de sonda dependente de ligação (MLPA) foi utilizada para avaliar duplicações / deleções no PMP22. O sequenciamento pelo método Sanger do GJB1 foi realizado em casos de suspeita de CMT desmielinizante. O sequenciamento através de painel de genes foi usado para os casos desmielinizantes negativos restantes e todos os casos de CMT axonal e intermediário. Variantes patogênicas ou provavelmente patogênicas foram identificadas em 197 casos-índice, sendo que 23 apresentavam alterações em genes relacionados a formas de AR-CMT. Os genes causadores mais comuns de AR-CMT entre os probandos foram: GDAP1 (n = 3, 2,03%), SBF2 (n = 3, 1,52%) e SH3TC2 (n = 3, 1,52%). Outras variantes identificadas foram responsáveis por ≤ 1% dos casos-índice. A primeira década de vida foi o período mais comum de aparecimento da doença nas formas recessivas. Em 7 dos 8 indivíduos com AR-CMT que puderam ter os resultados da espirometria avaliados, foi identificado padrão ventilatório restritivo. Este trabalho fornece mais dados sobre a frequência de subtipos de AR-CMT em uma população clínica de um centro de referência para desordens neuromusculares no Brasil e destaca a importância de variantes mais raras na prática clínica. Também chamamos a atenção para os aspectos respiratórios relacionados à AR-CMT. |