Escola sem partido: concepções de escola, educação, formação humana e sociedade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Helton Messini da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15089
Resumo: Em 2004, surgia na sociedade brasileira um movimento denominado “Escola Sem Partido” (MESP). Criado pelo advogado e procurador de justiça do Estado de São Paulo, Miguel Francisco Urbano Nagib, o MESP despontava como uma reação a um episódio em que um professor de história de sua filha, num colégio privado na cidade de Brasília, havia comparado Che Guevara a São Francisco de Assis. Em pouco menos de uma década, o movimento que em seu início não alcançou grande repercussão tornou-se centro dos debates educacionais, servindo, inclusive, de bandeira de campanhas eleitorais no pleito de 2018. Portanto, dada essa vertiginosa abrangência, o exercício de reflexão presente nesta pesquisa tem por objetivo investigar e analisar esse fenômeno, bem como, suas implicações para a educação e para a sociedade brasileira. Para tanto, almejamos primeiro organizar um panorama histórico a fim de compreender a gênese do movimento e de seu projeto de escola e de sociedade, situando suas determinações históricas. Como o MESP se expressa de distintas formas, optamos por investigar com maior ênfase o Programa Escola Sem Partido que deriva do movimento, na intenção de identificar as concepções de educação, trabalho e formação humana que emergem deste. Não menos importante será a tentativa de entender qual o papel dos professores, na condição de intelectuais, frente aos desafios que poderão emergir com esse projeto. Doravante, a partir da compreensão do fenômeno, pretendemos desdobrar as análises para as questões pontuais que versam sobre seus impactos ao trabalho do professor, sua estreita relação com determinadas frações das igrejas evangélicas e da Igreja Católica, o avanço do uso do termo “ideologia de gênero” preconizado por essas frações religiosas, bem como, a acusação de que os professores promovem a “doutrinação marxista” em sala de aula. Como resultado, a pesquisa espera contribuir para a crítica ao MESP e seu programa ao buscar desvelar suas contradições alcançando a essência do fenômeno nas totalidades das relações econômicas, políticas e sociais