Novas contribuições para o diagnóstico parasitológico em fezes de mamíferos com foco em Kerodon rupestris (Rodentia:Caviidae) provenientes do bioma caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Saldanha, Bruna Montenegro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27967
Resumo: Estudos com o objetivo de avaliar as formas parasitárias intestinais de Kerodon rupestris (mocó) e outros mamíferos em geral utilizam-se de técnicas de diagnóstico parasitológico baseadas na sedimentação espontânea, que facilitam os achados de ovos e larvas de helmintos. Entretanto, não vem sendo eficiente para separação de duas morfoespécies de Trichuris encontradas em e K. rupestris no semiárido desde os tempos antigos. Ademais, o emprego de outras metodologias como centrífugo-flutuação, imunodiagnóstico e análise molecular podem facilitar achados da fauna de protozoários, pouco conhecida no semiárido do Brasil. O objetivo geral deste trabalho foi aprofundar o conhecimento sobre fatores ambientais e tafonômicos que agem sobre parasitos em fezes recentes de Kerodon rupestris e outros mamíferos (Cerdocyon thous, Tamandua tetradactyla, Leopardus tigrinus, Pecari tajacu) no bioma Caatinga, utilizando diagnóstico diferencial para helmintos e protozoários. Para helmintos foi padronizada microscopia de fluorescência em ovos de Trichuris provenientes de fezes secas para diferenciar espécies. Utilizou-se um modelo experimental desenvolvido para observação de como Trichuris sp. e Ascaris sp. se comportam no processo de dessecação e mudanças bruscas de temperatura. Comparou-se os métodos de centrífugo-flutuação e sedimentação espontânea para detecção de protozoários em fezes de mocó, e para busca destes parasitos em mamíferos da Caatinga usou-se sedimentação espontânea, imunodiagnóstico e diagnóstico molecular. Ovos de Trichuris se mostraram mais resistente às alterações na morfologia frente a dessecação e mudanças bruscas de temperatura, o que pode evidenciar sua maior frequência na região quando comparado aos ovos de Ascaris sp. Essa resistência também corrobora com a dificuldade de obtenção de material genético para o diagnóstico molecular dos ovos de tricurídeos e a importância da padronização realizada com a microscopia de fluorescência como método alternativo e promissor ao diagnóstico em amostras secas e consequentemente coprólitos. O diagnóstico de protozoários em amostras secas continua desafiador, sendo necessários mais estudos e possivelmente o desenvolvimento de novos métodos, e diferentes abordagens diagnósticas que possibilitem não só a identificação, mas o estudo da frequência e distribuição de protozoários intestinais em mamíferos do semiárido brasileiro. Apesar da baixa frequência, protozoários patogênicos como Coccidia, Cryptosporidium parvum e Balantidioides coli estão circulando na área estudada e apresentam potenciais riscos para saúde animal e humana, o que ressalta a importância de utilizar dados parasitológicos para manejo ambiental e das espécies