As religiões Afro-Americanas: o mercado de artigos religiosos e a estética ritual em Cuba e no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medawar, Carlos Eduardo Martins Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25173
Resumo: A partir das religiões dos orixás, parte considerável das representações culturais africanas no Brasil, em Cuba e em vários países da América, este trabalho busca analisar o contexto afro-americano e nele as formas da piedade através das quais os cultos afro-brasileiros se estruturaram como sistemas de crenças e de práticas, procurando explorar possibilidades de comparação e contraste (semelhanças e diferenças) com os cultos afro-cubanos, contextualizado nas problemáticas resultantes das questões relativas às heranças africanas no espaço sagrado dos cultos e de suas liturgias, onde Brasil e Cuba se constituem como duas grandes áreas de concentração de afro-descendentes, advindos de uma situação diaspórica marcada pelo sistema escravista colonial. A complexidade das liturgias e da vida piedosa afro-americana constituem um verdadeiro quebra-cabeça a desafiar a imaginação sociológica, onde a tradição e a modernidade se entrelaçam na dinâmica da estética ritual dos cultos, através da qual o fator econômico se sobressai como domínio integrado a outras dimensões da vida social, fazendo com que a religião deixe de ser uma variável extra econômica e que o mercado não seja visto apenas como local de compra e venda de mercadorias, exógeno e dissociado das práticas e representações contextuais. Neste trabalho busca-se entender como as tradições africanas no novo mundo se desenvolveram e resistiram através dos séculos interagindo com as prerrogativas do mundo moderno e evidenciando como a existência de um comércio de artigos religiosos contribui para uma etnografia dos circuitos de produção, distribuição e consumo de mercadorias, em função das práticas rituais, nos casos específicos do Lukumi em Cuba e do Candomblé no Brasil, considerando o mercado como parte intregrante e indissociável do processo ritual nas casa de culto.