Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carolline Amaral da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/32942
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Resumo: |
Com o desenvolvimento do “empreendedorismo municipal” como forma de gestão nas cidades, o interesse por produtos imobiliários atraentes para investidores tem dado à terra urbana o papel de promover o crescimento econômico nas cidades buscando mitigar os usos e formas de ocupação menos lucrativas. Acredita-se que o poder público, ao transformar a cidade em investimento, abre-se para o capital imobiliário não levando em consideração as reais necessidades da população local, contribuindo para o aumento dos conflitos internos, da desigualdade social e da urbanização informal. Descrito como “o mais atraente empreendimento imobiliário no Brasil”, o megaempreendimento turístico-residencial Fazenda São Bento da Lagoa, pretende ser inserido integralmente em Área de Proteção Ambiental. Lançado pela empresa IDB-Brasil, em 2007, atualmente modificou seu nome e discurso. O Complexo agora se chama MARAEY – nome inspirado em uma lenda indígena guarani, e se posiciona com um discurso sustentável, apresentando um projeto voltado para a inclusão das comunidades tradicionais inseridas na região, mas também chamando atenção pelo uso das histórias e cultura locais para a valorização e venda do empreendimento. Trata-se de um local onde se encontram comunidades tradicionais que não possuem garantias de posse das suas terras, e onde a própria área de proteção ambiental não possui garantia de preservação. A partir dessas questões, a presente pesquisa pretende fazer uma análise crítica utilizando uma base teórica para compreensão das certificações sustentáveis e da prática de greenwhashing que estão sendo usadas para validação da exploração da natureza em prol do capital. Também busca analisar os processos de reconfiguração territorial gerados a partir da implementação do megaempreendimento. Utilizando pesquisa bibliográfica e exploratória de fontes primárias e secundárias, propõe-se discutir o fenômeno da instrumentalização do bem natural e do discurso ecológico pelos empreendimentos imobiliários, trazendo como estudo de caso o megaempreendimento MARAEY, localizado na Área de Proteção Ambiental de Maricá. Neste contexto, a discussão adentra a relação entre a legislação e as manobras exercidas pelo mercado imobiliário junto ao poder público e órgãos reguladores para viabilização de grandes empreendimentos |