No álbum da memória: a cidade, a infância de professoras e a formação estética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mello, Graziela Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23774
Resumo: Na legislação da Educação Infantil, os princípios estéticos figuram como diretrizes para a elaboração das propostas pedagógicas em creches e pré-escolas. Sendo assim, pensar a formação estética de professores que trabalham com as infâncias é uma demanda importante. A presente pesquisa pretende contribuir para a discussão sobre tal formação: ao tomar a cidade como campo de formação estética, investiga como o contato com os espaços da cidade em que um grupo de professoras cresceu, atuou em sua percepção e formação. Que espaços da cidade frequentavam quando crianças? Os equipamentos culturais e artísticos foram presentes em seus percursos? Que relações e experiências vividas com/na cidade consideram importantes para a formação de sua sensibilidade estética? A partir das memórias da autora com a sua cidade, atravessadas por imagens fotográficas capturadas pelas lentes de seu avô, a pesquisa vai em busca de narrativas docentes, para colocar em diálogo essas experiências e ampliar seus sentidos na jornada de formação. Com o aporte teórico-metodológico das abordagens (auto)biográficas e narrativas, os dados foram produzidos por meio de encontros com cinco professoras de Educação Infantil que atuam na cidade de Niterói/RJ e que passaram suas infâncias nesta cidade. Os encontros, marcados pela reinvenção, imposta pelos tempos pandêmicos que atravessamos, configuraram-se como conversas pelas janelas virtuais: para escutar as histórias de infância com/na cidade, as conversas foram realizadas via plataforma digital, em momentos diferentes, com cada uma das professoras. Buscou-se amplificar possibilidades de rememoração e narrativas de si por meio de imagens fotográficas da cidade e/ou das participantes na cidade. Gravadas e posteriormente transcritas, as conversas foram textualizadas e, inspiradas na escrita benjaminiana, principalmente no conjunto de textos Infância em Berlim por volta de 1900, foram organizadas em fragmentos de narrativas, pequenas crônicas. As histórias com/na cidade, capturadas na leitura atenta das narrativas partilhadas, foram entrelaçadas, constituindo fios de sentidos que revelam percursos de formação estética atravessados por diferentes espaços (de arte, de cultura ou junto à natureza), intimamente relacionados aos grupos de convívio a que pertencem e às suas práticas sociais, como frequentar um clube, brincar o Carnaval, participar de manifestações populares, ir à praia e a parques públicos.