Cartografia dos diferentes sentidos do conceito de humanização presentes no entendimento dos gestores do HUAP-UFF e seus diversos efeitos nas suas práticas de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Clarkson, Elizabeth Falcão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9276
Resumo: Este trabalho é um dos desdobramentos de uma experiência desenvolvida junto a outros profissionais do Departamento de Saúde e Sociedade da Universidade Federal Fluminense, o projeto de pesquisa “Em análise: a questão da humanização nas práticas de saúde – uma proposta transdisciplinar”. Tomando, portanto, essa experiência como uma materialidade empírica, esse trabalho objetiva, especialmente sob a perspectiva dos pensamentos de Baruch Spinoza, Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari, empreender quatro movimentos. Primeiro, compreendendo a questão da humanização a partir de uma concepção genealógica, mostrar que essa idéia é plural e produzida, portanto, datada historicamente. Segundo, evidenciar em que sentido o conceito de humanização funcionaria como um operador de realidade, lançando a própria gestão como uma prática que poderia implicar tanto à servidão quanto à liberdade. Para, num terceiro momento, através da análise de discurso, cartografar os diferentes sentidos do conceito de humanização presentes no entendimento dos gestores do HUAP-UFF e seus diversos efeitos nas suas práticas de saúde. A intenção em cartografá-los foi, em um quarto movimento, problematizar − operando a ética dos encontros de Baruch Spinoza como um dispositivo nos processos de trabalho e nas práticas de saúde – em que sentido as práticas de humanização estariam − no modo atual do capitalismo − necessariamente implicadas, a um só tempo, com o trabalho imaterial e com a produção de subjetividade. É relevante indagar de que maneira essas práticas podem funcionar tanto como um modo de fomentar as demandas do capital em relação ao trabalhador − em prol do aprisionamento da vida e de sua própria servidão − como um modo de resistir ao submetimento imposto por esse capital, ao favorecer a liberação da vida e à construção de uma prática de liberdade