Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Heras Vinãs, Patricia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37599
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Resumo: |
Os profissionais de saúde bucal são parte integrante da equipe multiprofissional que compõe a Estratégia Saúde da Família (ESF). Apesar de 24 anos de inclusão, muitos permanecem fora da dinâmica de planejamento dos serviços e não compartilham aspectos da organização do seu processo de trabalho com a equipe. Com a pandemia por COVID-19 e os atendimentos eletivos suspensos, as Equipes de Saúde Bucal (eSB) da cidade do Rio de Janeiro foram convocadas a realizar atividades com características multi/interprofissionais de enfrentamento à crise sanitária. O objetivo deste trabalho é analisar a organização do processo de trabalho das eSB do município do Rio de Janeiro e identificar se existem características de trabalho interprofissional intrínseco no cotidiano das eSB pós emergência sanitária. Estudo quantitativo com coleta de dados por meio de questionário eletrônico enviado a todos os gerentes e cirurgiões dentistas (CD) da ESF. Os resultados sobre o trabalho interprofissional foram agregados e discutidos a partir de duas subdimensões: organização do trabalho em equipe e reunião de equipe. Participaram do estudo 27 gerentes e 67 CD, o perfil foi majoritariamente feminino (86,1%), com mediana da idade de 44 anos, 75% autodeclarados como brancos; 88% informaram possuir mais de 10 anos de formados, destes 65% possuem mais de dez anos de atuação no SUS. As eSB são responsáveis, em média, por três equipes da ESF. Todos os gerentes e 88% dos CD afirmam que os demais profissionais participam ativamente nos processos de trabalho na unidade e a qualidade das relações é considerada muito boa ou excelente pela maioria. Os CD informam que a visita domiciliar semanal é realizada por 41,79%; 88% já participaram de discussão de caso em conjunto com a equipe da ESF e 73,1% relatam já ter feito parte de um projeto de cuidado integrado e pactuado. Os CD utilizam dontes secundárias ou indiretas para o reconhecimento do território. Em torno de 80% dos profissionais afirmam que as reuniões de equipe foram afetadas no período da pandemia. Pós pandemia, a reunião de equipe é o local onde ocorre o maior grau de integração com os demais profissionais da ESF, vistas pelos CD como espaços de integração, embora a participação deles dependa da disponibilidade de agenda, afetada pelo alto número de equipes sob sua responsabilidade. Metade dos gerentes reporta presença pouco frequente nas reuniões. Ambas categorias associam mudanças positivas, total ou parcialmente mantidas à frequência da participação em reuniões na pandemia, como: melhoria na comunicação e convivência entre os membros da Equipe, incorporação da saúde bucal como parte da equipe de saúde e aumento do respeito e conhecimento do papel de cada profissional da Equipe. O estudo sugere que a pandemia, promoveu a aproximação e criou condições favoráveis a uma atuação interprofissional, contudo é necessário reavaliar as condições reais de trabalho das eSB e promover mudanças transformadoras no modelo de atuação dos profissionais. O baixo número de respostas, junto à alta rotatividade e ao limitado engajamento, limitou a capacidade de extrapolação das análises. Ademais, representam um desafio na execução de estudos baseados em comparações temporais, essenciais para avaliar os processos operacionais das equipes de saúde bucal. |