Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Villacorta, Aline Paiva Sterque |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/12761
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Resumo: |
Introdução: Pacientes (pts) submetidos a intervenção coronariana percutânea (ICP) com implante de stents coronarianos farmacológicos apresentam risco de trombose intra-stent, necessitando de dupla antiagregação plaquetária com ácido acetil salicílico (AAS) e clopidogrel. Cerca de 4 a 40% dos pts são resistentes ao clopidogrel quando avaliados por testes de agregação plaquetária. O valor destes testes na predição de eventos cardiovasculares de longo prazo não está determinado. Da mesma forma, não há certeza sobre o melhor valor de corte para considerar esses pacientes como não respondedores. Objetivos: Avaliar o valor do teste de agregação plaquetária por atividade do ADP5 na predição de eventos de longo prazo em pacientes submetidos a ICP eletiva com implante de stents farmacológicos. Casuística e Métodos: Foram incluídos prospectivamente 209 pts (142 [74%] homens, com média de idade 67±10,4 anos) submetidos a ICP eletiva com colocação de stents farmacológicos no período de Maio de 2006 a Janeiro de 2008 em um serviço privado de Cardiologia. Os pacientes foram avaliados quanto à agregação plaquetária 12 a 18 h após o procedimento pelo método de agregometria óptica, com avaliação pelo ADP5. Os pacientes foram seguidos por contato telefônico, contato com médicos assistentes e consultas ao prontuário eletrônico da Casa de Saúde São José, onde foram internados em caso de eventos. Houve perda de 17 (8%) pts no seguimento, e a amostra final foi constituída de 192 pts. Utilizou-se a curva ROC para estabelecer o melhor ponto de corte para o ADP. Construiu-se uma curva de sobrevida livre de eventos pelo método de Kaplan-Meyer para pacientes com valores acima e abaixo desse valor. Os eventos considerados foram morte cardiovascular, infarto agudo do miocárdio, trombose confirmada de stent e necessidade de revascularização do vaso-alvo. O desfecho analisado foi o tempo até o primeiro evento, usando-se o modelo de Riscos Proporcionais de Cox para identificar as variáveis relacionadas de modo independente com o desfecho. Resultados: O melhor ponto de corte de ADP5 foi de 33%. Cento e sete (55,7%) pacientes apresentavam ADP5≥33%. Pacientes com ADP5≥33% tinham maior taxa de infarto prévio (28% vs 15,3%, p=0,035) e maior taxa de uso de betabloqueadores no momento da inclusão (63,5% vs 44,7%, p=0,027). No seguimento, 51 (26,5%) pts apresentaram eventos. Pacientes com ADP≥33% apresentaram maior taxa de eventos quando comparados a pts com valores <33% (37% vs 32%, p=0,067). O valor de ADP5 nos pts com e sem eventos foi, respectivamente, de 37±13,5% vs 32,7±14%, p=0,06. A probabilidade de sobrevida livre de eventos ao final de 1800 dias foi de 70% vs 55% para pts com ADP5 abaixo ou acima de 33%, respectivamente. As variáveis relacionadas de modo independente com os eventos foram tabagismo (HR 3,49; IC95% 1,76-6,9; p=0,0003), ADP5≥33% (HR 1,95; IC95% 1,09-3,51; p=0,025) e idade (HR 1,03; IC95% 1,0-1,06; p=0,041). Conclusões: O teste de agregação plaquetária por análise do ADP5 identificou 55,7% de pts com perfil de agregação inadequado. ADP5≥33% foi preditor independente de eventos de longo prazo. Foram ainda identificados como preditores independentes a presença do tabagismo e idade avançada |