Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Martins, Ana Lucia Simões dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36359
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Resumo: |
As Ciências e as Tecnologias têm contribuído significativamente para a transformação das práticas sociais. Novos recursos tecnológicos tiveram incremento na utilização, com a pandemia da Covid-19, em aspectos da educação, do trabalho e demais relações sociais. A cultura de aprendizagem ao longo da vida está cada vez mais presente e busca o fomento de novas oportunidades para os grupos vulneráveis, mas é preciso compreender a singularidade de cada indivíduo, as diferentes formas de se comunicar, de interagir e de aprender. Pessoas adultas com Transtorno do Espectro Autista apresentam diferentes características comportamentais, possíveis dificuldades e habilidades que coexistem e perduram por toda a vida e interferem nas relações sociais. Assim, a presente pesquisa objetivou desenvolver um modelo de aprendizagem para adultos autistas, com vistas ao efetivo incremento à cultura de aprendizagem ao longo da vida, no contexto das relações sociais contemporâneas. Os objetivos específicos abarcaram caracterizar o Transtorno do Espectro Autista com alinhamento para o aspecto da comunicação social nos critérios diagnósticos; identificar os desenhos de aprendizagem e teorias que dão aportes à aprendizagem ao longo da vida de indivíduos adultos; e constatar aspectos peculiares inerentes a tecnologia e a comunicação para o processo de aprendizagem do indivíduo com TEA, na fase adulta. Para isso, adotou-se uma ampla revisão bibliográfica sobre o TEA, a educação de adultos, a aplicação da tecnologia nos desenhos de aprendizagem de adultos e ainda a aprendizagem ao longo da vida. Desenvolveu-se um desenho metodológico, denominado Desenho da Pesquisa, que compreendeu três seções, a saber: Seção Ciência que abarcou a busca pelas evidências científicas; a Seção Vivência, que resgatou as produções artísticas da pesquisadora e a Seção Diálogos entre Ciência e Vivência, que gerou a discussão entre as duas primeiras seções. Os resultados evidenciaram: os reais efeitos dos sintomas diagnósticos do TEA que, independentemente de inteligência, mantêm-se por toda a vida e interferem de diferentes modos no funcionamento diário dos adultos autistas; o mérito das estratégias construídas pelo autista, a partir de suas dificuldades e potencialidades, a fim de conseguir lidar com o novo, com as relações sociais, com o aprender; o processo, o ‘como fazer’, identificado como o elemento mais crítico, mais dificultoso, e talvez mais apavorante para o indivíduo autista, ao se pensar em uma nova iniciativa de aprendizagem; o uso de interesses especiais, padrões explícitos e estilos de aprendizagem no processo de aprendizagem com adultos autistas, aspectos esses que se alinham aos princípios da andragogia. Assim, o questionamento da pesquisa foi positivamente respondido com evidências que alinham a tecnologia e a comunicação em processos de aprendizagem. Os resultados confirmaram a hipótese de que adultos com TEA buscam em suas iniciativas de aprendizagem o encaixe pleno entre a tecnologia, as suas estratégias e a sua própria forma de se comunicar. A pesquisa se justificou pela essencialidade em se integrar dados já científicos às vivências de adultos autistas pesquisadores de TEA, entendido o elevado conhecimento destes na área, bem como suas próprias formas de comunicação. Por fim, com o alcance dos objetivos específicos, o objetivo geral foi atingido com a criação do Sistema FICAA para complementar toda e qualquer iniciativa de aprendizagem alinhando-a às especificidades e formas de comunicação do público-alvo. Almeja-se que o Sistema FICAA e seus fundamentos sejam aplicados nas culturas de todo o mundo e que possam gerar evidências científicas e vivências autistas que alimentem um diálogo constante sobre o autismo, em ciência, verso e prosa, ou pela poesia de cada indivíduo autista |