Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bittencourt, Luciana Gonzaga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24907
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo principal analisar a comunicação e a mobilização social da rede interinstitucional de enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo (TEC) no Estado do Rio de Janeiro, no período de 2014-2021. O campo empírico para a realização da pesquisa parte do âmbito nacional com a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo Contemporâneo (CONATRAE) para a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo do Rio de Janeiro (COETRAE RJ), ponto central da articulação entre as diferentes instituições (públicas e da sociedade civil), que atuam no enfrentamento ao trabalho escravo no Estado. Para essa análise, aponta-se uma perspectiva de estado ampliado em Gramsci que articula a rede como estratégia de enfrentamento. Foi utilizada uma análise qualitativa, pautada em pesquisa bibliográfica e documental, para a fundamentação dos conceitos relacionados aos temas principais do estudo: trabalho escravo contemporâneo, superexploração da força de trabalho no capitalismo, políticas públicas e sociais, estratégias de comunicação e mobilização em rede, além disso, partiu-se de conceitos gramscianos, como estado ampliado, intelectuais orgânicos e hegemonia. A pesquisa empírica baseou-se em técnicas de entrevistas e formulário on-line com os coordenadores de projetos e/ou setores de comunicação, docentes e agentes públicos de instituições nacionais e estaduais que atuam no enfrentamento ao trabalho escravo. Esse procedimento foi fundamental para compreender o papel da comunicação e da mobilização social como uma estratégia de resistência. Dentre estes, apontamos para a importância da atuação de grupos de pesquisa e extensão nessa rede, na reafirmação do compromisso social de universidades públicas em defesa dos grupos sociais mais vulnerabilizados como os trabalhadores escravizados. Nessa perspectiva, a tese demonstra que o trabalho escravo contemporâneo está presente no mundo como parte estrutural do capitalismo, ao explorar o máximo da força de trabalho para obtenção da mais valia. No Brasil, isso é intensificado como resquício da escravidão colonial e imperial, a partir da falta de políticas sociais que apoiem a massa de pessoas recém libertas em 1888. Por fim, a tese defende a relevância da organização em rede e sua capacidade de articular as iniciativas locais às nacionais por meio de estratégias de comunicação mais amplas, dando visibilidade a política de direitos, como forma de promoção da dignidade dos/as inúmeros/as trabalhadores/as brasileiros/as e de ruptura das estruturais e dinâmicas de exploração, através de mudanças socioeconômicas, políticas e culturais, cotidianas. |