As várias faces do colono português em Caderno de memórias coloniais e Crônica da Rua 513.2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Belonia, Cinthia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11650
Resumo: A pesquisa desenvolvida nesta tese compara a presença do colono português em Moçambique, além das consequências da colonização, a partir do ponto de vista da escritora portuguesa Isabela Figueiredo, em seu romance Caderno de memórias coloniais (2010), e do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, em seu romance Crónica da Rua 513.2 (2006). Os aspectos a serem comparados são: as várias faces do colono português e como contar essa história, tendo a família como personificação do colonialismo no primeiro romance e como a literatura, a história e a autoficção dialogam com essas narrativas; a violência dentro do cotidiano moçambicano, seja aquela contra o colonizado durante o período colonial, ou contra os portugueses durante a guerra de libertação, ou, ainda, a violência contra as personagens femininas nos dois romances, tanto contra as brancas quanto contra as negras; por fim, voltemos nossa análise às conjunturas do colono após a descolonização, seja o ex-colono retornado, seja aquele que optou por ficar em Moçambique, além de analisar o espaço nas duas narrativas. Ambos os romances foram lidos, majoritariamente, a partir das propostas que Albert Memmi levanta em seus livros Retrato do colonizado precedido de Retrato do colonizador (2007) e Retrato do descolonizado árabe-muçulmano e de alguns outros (2007), sem deixar, é claro, de considerar outros pensadores acerca da colonização, tais como: Stuart Hall, Frantz Fanon e Edward Said