Ecologia trófica do nécton demersal da plataforma da Bacia de Campos, sudeste do Brasil

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Gatts, Pedro Vianna
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: eng
• Instituição de defesa: Niterói
• Palavras-chave em Português: Megafauna demersal; Plataforma continental; Estrutura de assembléias; Isótopos estáveis; Nicho isotópico; Mercúrio; Geociências; Bacia de Campos (RJ e ES); Demersal megafaunal; Continental shelf; Assemblage structure; Stable isotopes; Isotopic niche; Mercury
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24819

O objetivo do presente estudo foi investigar as relações entre os organismos de teias tróficas demersais da plataforma continental da Bacia de Campos (BC). Este estudo é pioneiro em utilizar as ferramentas de isótopos estáveis de C e N e a concentração de HgT para compreender as relações tróficas entre organismos de 10 a 60 m de profundidade do norte da BC, assim como a importância do Rio Paraíba do Sul e origem da matéria orgânica (MO) que sustenta as teias alimentares investigadas. Os bagres marinhos de águas costeiras (10 m de profundidade) particionam os recursos alimentares abundantes na região. A espécie Genidens genidens apresentou a maior amplitude de nicho isotópico, portanto foi o bagre marinho mais oportunista. Enquanto a bioacumulação de Hg foi observada para Bagre bagre e G. genidens, a biomagnificação de Hg ocorreu ao longo da teia alimentar. A assembleia demersal da plataforma continental da BC (40 a 60 m de profundidade) é composta por espécies residentes. Sua sazonalidade está relacionada a padrões de migração e de desova das espécies. A guilda trófica dos bentófagos foi dominante entre as guildas por se beneficiar da diponibilidade de presas na região, a macrofauna bêntica. A MO aderida ao sedimento, composta pela mistura de fontes de origem marinha e terrestre, sustenta as teias alimentares da plataforma continental da BC (40 a 60 m de profundidade). As guildas tróficas dos bentófagos e betófagos-nectófagos oscilaram sazonalmente de áreas bênticas e costeiras para pelágicas e de mar aberto. As concentrações de HgT estão dentro do permitido pela legislação para consumo humano. A bioacumulação do Hg foi observada para as três guildas e a biomagnificação do metal ressaltou a importância da MO como base da teia alimentar.