Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bressan, Eduardo de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33573
|
Resumo: |
O gênero Enterococcus pode ser encontrado compondo, principalmente, a microbiota intestinal. Entretanto, nas últimas décadas, vêm emergindo como importantes patógenos oportunistas. Essa característica patogênica está relacionada tanto à resistência aos antimicrobianos, quanto à presença de fatores de virulência. O presente trabalho teve como objetivo avaliar 60 amostras clínicas de Enterococcus spp. provenientes de diferentes sítios infecciosos e de colonização de indivíduos atendidos no HUAP quanto ao perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos, à presença de genes de resistência e virulência e à capacidade de formação de biofilme. As amostras identificadas como Enterococcus spp. foram coletadas, de dezembro de 2021 a junho de 2022, de forma consecutiva, isoladas de diferentes sítios de infecção e colonização. As amostras tiveram sua identificação confirmada pelo MALDI-TOF MS. A determinação do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizada pelo método de disco-difusão e a concentração mínima inibitória para vancomicina, a partir do método de microdiluição em caldo, foi determinada para amostras que apresentaram resistência a esse antimicrobiano. Foi realizada a pesquisa dos genes vanA, gelE e esp pelo método de reação em cadeia da polimerase e a avaliação da capacidade de formação de biofilme a partir do micrométodo quantitativo. Foram incluídas no estudo 41 amostras de E. faecalis, 18 de E. faecium e 1 de E. gallinarum. A maioria dos isolados (N=33) foi obtida de swab de vigilância e, dentre as de origem infecciosa, a maioria foi proveniente de amostras de urina (N=18). Entre as amostras de colonização foram detectadas altas taxas de resistência a diversos antimicrobianos, além de uma alta taxa do fenótipo intermediário a teicoplanina (58,8%) entre E. faecalis. Por outro lado, os isolados de E. faecalis de origem infecciosa (N=24) apresentaram taxas relativamente menores de resistência, enquanto os de E. faecium (N=3) foram susceptíveis apenas à cloranfenicol, linezolida, teicoplanina e vancomicina. O gene vanA foi detectado em 53,3% (N=32) dos isolados (todos de amostras de vigilância). Além disso, todas os isolados que foram resistentes ao disco de vancomicina (N=30) foram resistentes a altos níveis desse antimicrobiano (CMI = 64 µg/mL). Os genes esp e gelE foram detectados em 58,3% e 57% dos isolados, respectivamente, e, apesar da maioria desses ter sido caracterizado como formadores de biofilme, a presença dos genes sozinhos ou em conjunto não estiveram associados à esta formação (p-valor > 0,05). Entretanto, amostras da espécie E. faecalis, ou, independente da espécie, isoladas de sítios infecciosos, assim como, negativas para o gene vanA, apresentaram maiores valores na produção de biofilme. Sendo assim, concluímos que as amostras de Enterococcus spp. isoladas no HUAP apresentam altas taxas de resistência aos antimicrobianos, além da capacidade de produzir biofilme, apesar das diferenças encontradas entre as espécies, indicando a importância da constante vigilância do isolamento deste patógeno nas instituições de saúde brasileiras. |