Gestão da assistência farmacêutica em operações de resposta a desastres e ajuda humanitária apoiadas por uma instituição militar das Forças Armadas Brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Tatiana Holanda Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11086
Resumo: A participação militar em operações humanitárias, tanto em casos de conflito armado como em resposta a desastres naturais, é um fenômeno antigo e comum em diversos países. No Brasil, as Forças Armadas possuem um histórico de prover apoio humanitário de saúde às vítimas de emergências através de seus hospitais de campanha, com atendimentos médicos e odontológicos, exames laboratoriais e de imagem, além do fornecimento de medicamentos aos pacientes atendidos. O objetivo desse trabalho foi descrever e analisar a preparação da assistência farmacêutica em operações de resposta a desastres e ajuda humanitária apoiadas por uma instituição militar das Forças Armadas Brasileiras. Foi realizado um estudo observacional descritivo em três unidades militares dessa instituição que possuem como um dos enfoques de atuação a condução de ações de saúde em situações de desastre e de apoio humanitário. Como método avaliativo foi utilizado modelo lógico e indicadores de preparação da assistência farmacêutica. Esse modelo incluiu elementos do contexto externo e de implementação e desempenho dos componentes da assistência farmacêutica. Para o levantamento de dados foram realizadas pesquisas documental e de campo, estas por meio de entrevistas a atores-chave e inspeções em locais de armazenamento de medicamentos. Os resultados demonstraram que duas unidades militares se encontram melhor estruturadas na gestão da assistência farmacêutica, porém com necessidades de ajustes. A terceira unidade ainda precisa amadurecer seus processos a fim de se adequar aos propósitos de saúde da sua missão. Foram identificadas algumas falhas mais pronunciadas, como a falta de orçamento específico para gestão de medicamentos, estoque de insumos de saúde sobressalente incompleto, carência de meios de transportes apropriados e ausência de controle de pessoal treinado. Tais falhas também foram evidenciadas por meio dos relatos de vivência dos informantes-chave. A existência de um plano de emergência para ações de defesa civil, uma lista de saúde para reação primária com programação, estruturas de saúde móveis e adaptáveis e um sistema de mobilização dos militares para atuar nas operações foram alguns dos pontos positivos encontrados. De maneira geral, foi possível observar que existe um trabalho de preparação da assistência farmacêutica na instituição, mas que ainda precisa ser aprimorado e difundido entre as unidades militares. O presente estudo gerou recomendações para favorecer a eficiência e qualidade do trabalho de saúde que as instituições militares prestam à sociedade em situações de desastres e ajuda humanitária, e assim contribuir para o alívio do sofrimento e redução de perdas humanas