Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kaminski, Leon Frederico |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13486
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Resumo: |
No Brasil ditatorial, marcado pela repressão em diferentes âmbitos representada de forma recorrente através da metáfora do “sufoco”, as viagens foram incorporadas por uma parte da juventude como uma forma de resistência, na esfera do cotidiano, ao sistema e ao regime militar. A estrada era vista e vivida como um espaço de liberdade. O presente estudo procura investigar o que chamamos de estilo de viagem contracultural, com seus elementos e características específicos, tal qual itinerários, discursos, rituais, métodos e formas de ver, diretamente relacionados ao imaginário da contracultura e às práticas de automarginalização, bem como o forte vínculo identitário decorrente deste processo. Procura-se demonstrar como o deslocamento territorial realizado por viajantes através do país, atuando como mediadores, proporcionou a circulação do imaginário da contracultura para além das capitais e a apropriação da mesma por setores da juventude que não faziam parte da classe média dos grandes centros urbanos. Esta tese dialoga com uma historiografia que procura compreender de forma mais ampla as complexas relações entre sociedade e a ditadura militar. Por um lado, discute-se a repressão à contracultura e o viajar como uma forma de resistência ao cotidiano sufocante do autoritarismo, por outro, demonstra-se as ambiguidades e contradições dessas práticas, como as feiras hippies, apropriadas pelas políticas de turismo fomentadas pelo regime, ou os viajantes contraculturais usufruindo de novas rodovias, fruto das políticas de integração nacional e do “Brasil Grande”. Para tal, este estudo explora uma gama variada de fontes e investiga as viagens como prática cultural, de como era realizada e vivida a experiência naquele contexto histórico, nacional e internacional, assim como seu papel na circulação do imaginário e das expressões socioculturais da contracultura, revelando seu caráter subversivo e transformador, em uma perspectiva libertadora. |