Prevalência do vírus Epstein-Barr (EBV) e expressão do gene EBNA-2 em esfregaços da mucosa oral de pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Larissa Silva dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6646
Resumo: indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) podem apresentar o sistema imunológico deprimido, tornando-se mais susceptíveis a alterações patológicas ligadas ao vírus Epstein-Barr (EBV). O potencial de morbidade do EBV na mucosa oral de pacientes coinfectados com HIV torna sua investigação relevante. A expressão do gene relativo ao antígeno nuclear 2 (EBNA-2) está relacionada ao processo de transformação celuar e o surgimento de lesões orais benignas, e sua detecção define a atividade viral. O objetivo do estudo foi analisar a prevalência do EBV e a expressão do gene EBNA-2 na cavidade oral de pacientes infectados pelo HIV, visando prevenir lesões produtivas ou linfoproliferativas. A amostragem foi constituída por 145 esfregaços orais de pacientes infectados pelo HIV, sem lesões orais, com 18 anos ou mais, arrolados randomicamente no ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital universitário Antônio Pedro ( UFF). O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética da Faculdade de /medicina do HUAP. Dados demográficos e clínicos foram coletados através da aplicação de um questionário. A detecção e a tipificação do EBV foram realizadas através da reação em cadeira da polimerase (PCR) genérica e nested e a transcrição do gene EBNA-2 foi determinada por transcrição reversa (RT)-PCR.Os resultados foram analisados por procedimentos estatísticos, aplicando -se o teste qui-quadrado e a regressão logística. O EBV foi detectado em 70 (48,3%) das 145 amostras. Vinte e três amostras (15,9%) foram positivas para EBV-1, 32 (22,1%) para EBV-2, 10 (6,9%) apresentaram os 2 tipos virais e 5 (3,4%) não puderam ser tipificadas. A presença de EBV foi significativamente relacionada á contagem de células CD4+ate 500 células/mm³ (p=0,002). O genótipo EBV-1 foi associado à contagem de células CD4+ até 200 células /mm³ (p=0,012) e o genótipo EBV-2 à indivíduos sem parceiro sexual estável (p=0,012). A expressão do mRNA do gene EBNA-2 foi determinada em 32/70 (45,7%) das amostras positivas para EBV e associada à carga viral detectável de HIV (p=0,002). Apesar dos pacientes não apresentarem lesões orais, houve um alto percentual de infecção pelo EBV nesses indivíduos portadores do HIV, conforme ja descrito na literatura. O EBV-2 foi mais incidente que o EBV-1, concordando, em parte, com estudos epidemiológicos. Este estudo aponta que variáveis que refletem o estado clínico do hospedeiro foram mais amplamente associadas à infecção pelo EBV. A determinação da expressão gênica de EBNA-2 nos pacientes EBV positivos mostrou que uma grande parte desses pacientes são portadores do vírus em atividade e estão sujeitos ao surgimento de lesões. concluímos que indivíduos coinfectados com HV e EBV devem ser continuamente acompanhados , considerando a contagem de linfócitos T CD4 e carga viral de HIV.