Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Dick, Thaylla Nuñez Amin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28421
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Resumo: |
Introdução: A língua geográfica é uma lesão oral de etiologia desconhecida, imunologicamente mediada e de caráter inflamatório crônico. Em 2020 foi proposto um índice de avaliação da área e severidade da língua geográfica para mensuração da gravidade clínica da lesão. Apesar do diagnóstico da língua geográfica na maioria das vezes ser clínico, alguns casos atípicos exigem biópsia, com as características histopatológicas variando de acordo estágio clínico da lesão e da área da biópsia. Até o momento, nenhum estudo comparativo entre os achados histopatológicos e o índice de avalição clínico da língua geográfica foi realizado. Assim, nossa hipótese científica é que o grau de severidade clínico da língua geográfica está relacionado com as características histopatológicas da lesão. Objetivo geral: Avaliar a correlação entre o grau de extensão e severidade clínico da língua geográfica e as características histopatológicas da lesão. Material e Métodos: estudo observacional transversal, com amostra retrospectiva, constituída por 40 participantes com diagnóstico clínico e histopatológico de língua geográfica, atendidos e submetidos à biópsia da lesão entre agosto de 2010 e agosto de 2015, no Ambulatório de Diagnóstico Oral do Hospital Universitário Antônio Pedro. Todos os participantes realizaram os exames estomatológico, histopatológico e tiveram a área de acometimento e o grau de severidade clínico da língua geográfica calculados por meio do Geographic Tongue Area and Severity Index (GTASI). Resultados: 60% dos casos foram classificados como leve, 22% moderado e 18% como severo. O sexo feminino foi prevalente no grau leve e severo e o masculino no moderado. A cor de pele branca foi predominante no grau moderado e severo e a parda no leve. A idade dos participantes variou de 18 a 85 anos, com média de 56 anos para o grau leve e severo e 47 anos no moderado. A psoríase e hipertensão arterial sistêmica foram as doenças mais prevalentes, com 41,5% dos participantes apresentando psoríase no grau leve, 22,5% no moderado e 43% no severo e 37,5% apresentando hipertensão arterial sistêmica no leve, 33,5% no moderado e 28,5% no severo. O etilismo foi relatado em 17% dos participantes no grau leve, 11% no moderado e 14,5% no severo; o tabagismo em 17% no grau leve e 22,5% no moderado e a associação entre os hábitos viciosos em 4,5% no grau leve e 14,5% no severo. Além da língua geográfica, a língua fissurada foi observada em 75% dos participantes no grau leve, 78% no moderado e 86% no severo. Os aspectos histopatológicos mais frequentes da língua geográfica foram: paraceratose, acantose, espongiose, hiperplasia da camada basal e exocitose mono e polimorfonuclear, hipotrofia suprapapilar, cristas epiteliais claviformes, fusão das cristas epiteliais, edema das papilas conjuntivas e infiltrado subepitelial crônico, sem diferença estatística significativa entre os graus de severidade clínico. A ectasia vascular papilar (p= 0,066), microabscesso de Munro (p= 0,072), pústula de Kogoj (p=0,013) e tecido conjuntivo denso (p= 0,087) estão relacionados ao aumento do grau de severidade clínico da língua geográfica. A intensidade do infiltrado inflamatório leve foi predominante no grau leve e a moderada no grau moderado. Conclusão: o grau de severidade clínico da língua geográfica está relacionado com as características histopatológicas da lesão. |