Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Souza, Eloísa Zoccaratto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9688
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Resumo: |
Machado de Assis soube explorar seu mundo das mais diversas formas, usando como matéria de trabalho e reflexão os tantos conflitos morais do burguês de sua época e o vasto contexto histórico-econômico-social de um Brasil que se firmava como nação independente. Este estudo apropria-se de tal momento para analisar a construção das personagens femininas machadianas inseridas no panorama oitocentista e que, retiradas de um perfil de pureza, fora de arquétipos, surgem com suas fragilidades e deslizes comportamentais; um processo que se desenvolveu com o amadurecimento do escritor e da literatura brasileira e que esta dissertação se propõe a acompanhar. Por meio de textos menos e mais populares do escritor, busca-se reconhecer e refletir as marcas do tempo, da prática de escrever e das possibilidades textuais na literatura machadiana que tratam das mesmas questões: a valorização do status social e a infidelidade, por esta razão se analisa a comédia O protocolo (1862) - escrita na juventude -, os textos Antes da missa (1878) e O melhor remédio (1884) - considerados contos por alguns especialistas e peças teatrais por outros - e o conto A Cartomante (1884), sempre observando como estes textos dialogam com o grande romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Entende-se que o tempo aprimorou suas habilidades de escritor, assim como seu pensamento ideológico e literário, e por isso há, em sua extensa obra, textos iniciais de cunho edificante – como no teatro –, que mais tarde tomaram um tom de escárnio, frieza e/ou criticidade explícita – como nos romances da maturidade, em diversos contos e crônicas; um caminho que se pode comprovar pelas mudanças de estilo e de personagens, como as femininas. E, por este pensar, busca-se compreender que o brilhantismo do maduro autor não anula o que produziu jovem, mas sim, o jovem Machado complementa e ajuda a entender os passos dados à maturidade do Bruxo do Cosme Velho, que usou das letras, das personagens e ações que construiu para dar a sua contribuição intelectual ao nosso país em formação |