Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souto, Simone da Rocha Leal da Silveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30741
|
Resumo: |
A esporotricose é uma infecção de implantação traumática causada por fungos do gênero Sporothrix, um fungo dimórfico, de distribuição cosmopolita, presente no ambiente em sua forma saprofítica, filamentosa. Apresenta amplo polimorfismo clínico, desde manifestações cutâneas a graves infecções sistêmicas. Geralmente este agente é encontrado em locais de clima quente e úmido, no solo e em vegetais como plantas superiores, cascas de árvores, espinhos, acúleos e material em decomposição. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi de correlacionar os aspectos clínico-epidemiológicos da esporotricose e a carga parasitária dos fagócitos de diversas lesões cutânea na espécie felina através do exame citológico no Estado do Rio de Janeiro. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 196 gatos com diferentes lesões dermatológicas suspeitas de esporotricose, provenientes de gatis, sociedades protetoras de animais e clínicas veterinárias participantes de diferentes regiões/áreas do estado do Rio de Janeiro, a saber: Zonas Oeste, Centro-Sul e Norte do município do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Grande Niterói, Regiões Serrana, baixada litorânea e Centro-Sul Fluminense. RESULTADOS: A maioria dos gatos habitavam na Zona Norte (42%), seguido da Zona Oeste da capital (17%), Grande Niterói (14%), Região Serrana (12,2%), baixada litorânea (8,5%), Baixada Fluminense (4,3%) e Zona Centro-Sul da capital (2%). Os animais foram divididos em 3 grupos, de acordo com a distribuição das lesões: L1-Grupo de gatos com uma única lesão; L2- com duas lesões e L3- com três ou mais lesões. Estes foram agrupados em um Grupo denominado Grupo Suspeito de Esporotricose (GSE; n=196) e posteriormente subdivididos em subgrupo GE+ (doença confirmada - GE+ n=104) e GE- (doença não confirmada - GE- n=92). A idade média dos animais foi de 3,92 anos (±2,9) variando de 2 meses a 22 anos; 55,6% eram machos e 50,5% da população era castrada. Em sua maioria sem raça definida (88,8%), seguido das raças Persa (3,5%), Siamesa (7,2%) e Himalaia (0,5%). Não houve diferença entre a idade dos animais nos grupos GE- e GE+. Quanto às raças dos felinos incluídos, seu estado nutricional ou mesmo em relação à residência em zona urbana ou rural, os grupos estudados foram similares (p> 0,05). As regiões corporais mais acometidas pelas lesões foram cabeça, seguida pelos membros torácicos e pélvicos e pescoço, abdômen e cauda, sem diferença entre as áreas geográficas estudadas quanto a este parâmetro. Com relação aos sinais clínicos coadjuvantes às lesões, em todos os animais avaliados, os de maior frequência foram a tríade respiratória felina, secreção nasal e dificuldade respiratória em ambos os grupos (GE+ e GE-), seguida pelo emagrecimento progressivo, apatia, epistaxe, secreção ocular e hiporexia. Os animais foram submetidos ao exame de citologia por imprint, que demonstrou grande variabilidade individual, com alguns valores de Índice Fagocitário (PI) e de linfócitos elevados enquanto outros apresentaram baixos valores. Foi ainda realizada a coleta de secreção com “Swab” para realização posterior cultura fúngica. CONCLUSÕES: Foi possível concluir que um menor PI está correlacionado com uma infecção mais grave e este não é limitado apenas pelo número de lesões e sim pelo tamanho e de sua localização. Apesar da variabilidade do PI e do número de linfócitos observada individualmente entre as lâminas dos felinos de cada grupo, os resultados demonstraram uma correlação inversamente proporcional entre o PI e o número de linfócitos, ou seja, quanto maior o PI, menor o número de linfócitos observados e vice-versa, além de evidenciar que a predominância de linfócitos está associada a um menor PI e indica maior suscetibilidade dos felinos ao Sporothrix spp. |